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Incêndios: Bloco aponta passos no caminho certo mas diz que há mais a fazer
À margem da cimeira por um Plano B para a Europa, que decorreu este fim-de-semana, em Lisboa, Pedro Filipe Soares manifestou-se positivamente por algumas propostas do Bloco irem “finalmente ver a luz do dia” e apelou a que se avance rápido na sua aplicação, já que os calendários das alterações climáticas “não são compagináveis com os calendários administrativos que têm regido escolhas políticas”.
Em declarações aos jornalistas, no final da manhã deste domingo, e comentando as medidas anunciadas após o Conselho de Ministros deste sábado, o líder parlamentar do Bloco avisou que, ainda assim, há decisões que ainda “não são concretamente o resultado final” que se quer, referindo-se ao sistema de comunicações de emergência SIRESP, que deveria ter gestão pública.
“Só essa garantia de gestão pública é que retira de cima da mesa a incompetência dos privados e a insegurança, que tantas vezes tem sido anexada ao SIRESP quando é chamado a intervir”, alegou.
O Bloco esperava ainda a “gestão integrada da floresta, com a introdução de uma visão conjunta da gestão da floresta e da prevenção dos incêndios florestais”, vertentes que deveriam estar “debaixo da mesma entidade”.
Comentando também a decisão de colocar a Força Aérea como responsável pela gestão do combate aéreo, Pedro Filipe Soares referiu que “falta ainda dotar o Estado de meios públicos para poder existir esse combate, sem ter que recorrer a privados”.
O líder parlamentar bloquista referiu ainda que as Forças Armadas têm um “papel de apoio, mas não se podem sobrepor a entidades civis que são as responsáveis pela Proteção Civil”.
Quando questionado sobre as consequências dos incêndios florestais para o défice, o deputado reafirmou que “em cima da mesa, devem estar as prioridades do país”. “As metas do défice, para Bruxelas ver, nunca se podem sobrepor à garantia da segurança das populações e o investimento que o Estado deve fazer” para o conseguir, defendeu.
Este sábado, dia 21 de outubro, o Conselho de Ministros reuniu extraordinariamente, perante um país fustigado pela maior vaga de incêndios desde há mais de uma década. “Tendo em vista encontrar soluções que permitam responder à problemática da valorização e defesa da floresta”, o Governo aprovou um conjunto de medidas para responder a três prioridades: reparação e reconstrução; resiliência do território e das infraestruturas; e reforma do modelo de prevenção e combate aos incêndios florestais. O detalhe das medidas pode ser consultado aqui.
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As mudanças no Governo e as
As mudanças no Governo e as mudanças na ANPC não resolvem o problema básico da Protecção Civil.
A estrutura da Protecção Civil está errada quaisquer que sejam as cabeças do seu quartel-general porque o exército em que está alicerçada é constituído por voluntários, abnegados e heróicos; são voluntários mal equipados e na sua maioria com deficiente formação e treino, e sem treino de conjunto, e muitos com níveis físico e etários desajustados às funções.
A solução imediata está na criação de uma unidade de elite militar de Sapadores de Emergências cujos objectivos serão os de acorrer a grandes sinistros, fogos florestais, inundações, catástrofes sísmicas, etc. que agregará os bombeiros sapadores, bombeiros municipais, bombeiros voluntários, GIPS FEB que coordenará e comandará assim como coordenará e comandará tudo e todos que actuam nos teatros de operações e nas áreas de influência.
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