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Bloco denuncia "o favorecimento inaceitável do setor financeiro privado"

O deputado do Bloco Pedro Filipe Soares esteve esta sexta-feira à porta do BPN em Aveiro para criticar as benesses – “o ouro” - dadas ao setor financeiro -“o Deus Menino”- “pelos três reis magos” - Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Vitor Gaspar.
O deputado Pedro Filipe Soares sublinha que "não é aceitável que, enquanto se pedem sacrifícios aos portugueses ", o governo "venha dizer que nos próximos 20 anos irá fazer deduções fiscais à banca".

No cartaz natalício afixado à frente do BPN, o Bloco denuncia que "o Povo é que paga as prendas" dadas pelos três governantes à banca portuguesa, sendo que, segundo Pedro Filipe Soares, nos últimos tempos, “o euromilhões e o jakpot” atribuídos à banca “foram a recapitalização da banca e a transferência dos fundos de pensões".

"Na prática a privatização de 12 mil milhões de euros de dinheiro público, e a transferência dos fundos de pensões, nas condições em que é feita, são um claro benefício para o setor bancário, que passa à margem dos sacrifícios que se pedem aos portugueses, para o financiar", realçou o deputado bloquista.

"Não é aceitável que, enquanto se pedem sacrifícios aos portugueses, como ficarem este ano sem metade do subsídio de Natal e nos próximos dois anos sem subsídio de Natal e de férias" o governo "venha dizer que nos próximos 20 anos irá fazer deduções fiscais à banca", sublinhou ainda Pedro Filipe Soares.

O dirigente do Bloco de Esquerda lembrou também as contradições de Paulo Portas, que no seu discurso eleitoral afirmava ser “inaceitável que qualquer governo pudesse assumir compromissos para além da sua governação", frisando que "não podemos ter os que nascem hoje a pagar os desaires amanhã".

"Aqueles que dizem que, se o Estado não tem dinheiro, deve privatizar, já não dizem à banca que se não tem dinheiro deve vender os seus ativos e obrigar os seus acionistas a reforçar o capital, que é o que se passa em qualquer empresa privada. Que se peçam responsabilidades àqueles que durante anos e anos tiveram milhares de milhões em dividendos", defende Pedro Filipe Soares.

O setor financeiro "não pode viver de forma parasitária, com as benesses fiscais e a injeção direta de capitais públicos", avança o deputado, sublinhando que "quando foi para repartir os lucros [a banca] quis ficar com uma grande parte e agora que é preciso injetar capital, diz que tem de ser o Estado a fazê-lo, com dinheiro dos contribuintes, o que é inaceitável”.

“Os acionistas que comeram a carne, agora têm de roer os ossos", rematou Pedro Filipe Soares.

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