You are here

“Queremos continuar o caminho da recuperação de rendimentos”

O valor da atualização extraordinária das pensões “é insuficiente e é baixo, mas é o maior aumento de pensões dos últimos anos”, afirmou o deputado bloquista José Soeiro.
Foto Paulete Matos

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado bloquista José Soeiro falou do aumento extraordinário das pensões que entra em vigor em agosto para os pensionistas que recebem até 632 euros em pensões de invalidez, velhice e sobrevivência do sistema de Segurança Social e por aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente.

As atualizações podem ir até 10 euros para quem viu a sua pensão congelada até 2015 ou até 6 euros para quem viu a sua pensão atualizada em valores baixos durante esse período. Para José Soeiro, o valor “é insuficiente e é baixo, mas é o maior aumento de pensões dos últimos anos” e vai abranger cerca de dois milhões de pensionistas.

O deputado bloquista recordou que a medida não seria possível sem o desafio lançado por Catarina Martins a António Costa na campanha eleitoral para que abandonasse a sua proposta de congelamento de pensões.

“O nosso objetivo é continuar o caminho da recuperação de rendimentos, esse é o cimento desta maioria”, afirmou Soeiro.

“Processo de integração dos precários do Estado não termina hoje”

Esta sexta-feira é o último dia para a entrega dos requerimentos por parte dos trabalhadores precários do Estado, mas o processo de identificação do número de vagas a abrir entra numa nova fase. “Durante o mês de julho, os dirigentes máximos dos organismos e entidades públicas têm a obrigação de completar essa lista com os milhares de trabalhadores que falta identificar e têm de ser regularizados. Os dirigentes que não o façam podem ser alvo de sanções previstas na lei”, alertou José Soeiro.

Questionado sobre se a possibilidade de perder salário com a vinculação pode ter dissuadido muitos precários de entregarem o seu requerimento, o deputado bloquista diz não acreditar nessa explicação

A existência de uma situação de precariedade é sempre uma situação de desproteção. E deu um exemplo: “Num caso de um trabalhador a recibo verde, do que ele recebe hoje tem de pagar uma parte à Segurança Social, em que arca sozinho com esse esforço contributivo. Aquilo que se pretende com um contrato de trabalho é que esse esforço seja repartido entre ele e a entidade empregadora”.

Para José Soeiro, a principal razão para que muita gente não tenha entregue o requerimento é outra. “Nos últimos anos houve uma interiorização do medo que foi incentivado por esta forma de precarização das relações laborais”. Por isso, o deputado prefere destacar a impirtência de que “mais de 20 mil pessoas já tenham perdido o medo e tenham requerido a regularização da sua situação”.

“Mas nós sabemos que essa é só uma das vias de identificação das necessidades permanentes do Estado. Há outra via, que é complementar e se inicia agora: a que responsabiliza diretamente os dirigentes dos organismos para garantir que nenhum trabalhador precário fica para trás”, concluiu.

Termos relacionados Política
Comentários (1)