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Afinal não aconteceu nada...
A gravidade do momento actual do país e do mundo exige luta, e nada mais importa ou interessa; Desenganem-se descontentes, desiludidos ou críticos... Tenham paciência e aguardem, sossegados, pela convenção lá para o fim do ano que vem, ou então vão-se embora como tantos outros que o já fizeram, aderentes que o deixaram de ser ou apoiantes que se arrependeram...
E não venham novamente com essas histórias do centralismo democrático ou da numenklatura burocrática, ou das tácitas atribuições paritárias de lugares pelos partidos da troika (UDP, PSR PXXI), ou de condicionamentos da democracia em assembleias e convenções, ou das incoerências e incongruências, fugas para a frente e inexplicações... - Não passou já à história o Manuel Alegre e a moção de censura mais a finta ao PCP... e a reunião com o PCP, e...
Porque não fazem como os outros? Comecem a contar espingardas e preparem-se para a luta! Desafiem a corrente maioritária, compitam com as correntes divergentes... Ou acham que não vale a pena? Que a estrutura não se alterará e a práxis política do Bloco manter-se-á idêntica, mesmo que sejam outros a dirigir? Ou talvez também pensem que afinal, do projecto de um partido novo de esquerda socialista, o Bloco revelou-se, sobretudo, numa coligação dos 3 partidos de diferentes correntes comunistas e pouco receptiva a pessoas desalinhadas mas interventivas ...
Afinal não aconteceu nada... e inoportuno é o questionamento da prática política do Bloco e a exigência de respostas às críticas e questões colocadas por tantos nestes últimos meses. A Mesa resolveu, o rumo está traçado e as tarefas definidas; É hora de luta e de trabalho político e nisto parecem estar de acordo as várias correntes que preparam já listas e moções para as próximas eleições distritais e convenção. O acerto do rumo, a validade das propostas, o processo de definição e atribuição de tarefas discutem-se depois; Agora importa é apresentar moções, requerimentos e perguntas, estar na rua, nas comissões de trabalhadores e sindicatos, liderar associações locais, produzir comunicados de imprensa, realizar conferências e debates...
Quando irá o Bloco parar um bocadinho e reflectir-se e perceber porque são tantos os que partiram desiludidos, tristes, zangados... e tentar resgatar a credibilidade política por forma a estancar tamanha sangria de aderentes e apoiantes... Receio que, por tão preenchida agenda política, faltará oportunidade para tal.
Francisco Roque
Santiago do Cacém
(http://belitoral.blogspot.com/2011/07/reflexao-dos-aderentes-de-santiago-do.html- link para um texto-síntese, em cuja redacção participei, das reflexões tidas na concelhia de Santiago do Cacém após as eleições presidenciais e legislativas e apresentado em plenário distrital)
(http://belitoral.blogspot.com/2011/02/espera-ou-um-processo-de-perpelexidade.html - link para um texto de reflexão, por alturas da moção de censura)
Comments
Para quando uma tomada de
Para quando uma tomada de posição dos órgãos dirigentes do Movimento ás muitas reflexões e opiniões aqui expressas pelos seus militantes? Para quando o trabalho de síntese e o apuramento das questões mais levantadas e as ideias mais consensuais veículadas neste espaço?
Depois da derrota histórica
Depois da derrota histórica da UDO/BE na Madeira, não´há ilações tirar. A diferença entre as vitórias do PCP mesmo quando perdia votos é que ao contrário do PC o BE sofre derrotas (e neste caso não foi pequena) pela 1ª vez desde o 25de Abril a esquerda radical (de raiz que se mantem fiel à sua raiz)mas diz que a luta continua.
Assim o BE vai para o charco!Debate a sério convenção antecipada!Nada !
A História julgará a postura da direcção do BE, essa nunca falha, acerta sempre!
No primeiro post ,queria
No primeiro post ,queria dizer que pela primeira vez desde 76 a UDP e agora a UDP BE não têm deputados no parlamento regional.No "Esquerda"não li da parte da direcção do BE nenhum comentário, estranho não é..........Não se tiram lições desta derrota!?
Uma coisa é ou foi a UDP e
Uma coisa é ou foi a UDP e outra coisa é o Bloco de Esquerda. A UDP representava a esquerda na Madeira e por isso chegou a ter hipóteses de chegar a 2º força política. Quanto ao Bloco de Esquerda nunca teve a aceitação que a UDP tinha e por isso desde que o Bloco de Esquerda surgiu o nº de votos para a ALM tem descido sempre. Em 2004 chegou aos três e tal por cento; em 2007 pasou para 2,9% e agora passou para 1,7%. Muitas das pessoas que votavam na UDP nunca votaram no Bloco de Esquerda. Reparem que eu escrevi nunca. O resto deve ser dito pelos aderentes da Madeira.
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