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“Precisamos de justiça fiscal e não de medidas simbólicas”
A coordenadora do Bloco de Esquerda, acompanhada pelo deputado Pedro Soares, visitou, esta terça-feira, o Mosteiro de Tibães, em Braga, onde defendeu “um compromisso para o reforço da Cultura”, com um “orçamento decente”, que permita preservar o “património e a memória” do país.
Catarina Martins adiantou ainda que o Bloco espera que o Orçamento do Estado para 2018 dê um “sinal nesse sentido”, defendendo que o país deve caminhar no sentido de voltar a investir 1% do PIB na Cultura.
"O orçamento para a Cultura tem ficado muito aquém e se não há, neste momento, capacidade de responder, estaremos daqui a uns anos a chorar sobre o leite derramado porque o que perdemos agora já não iremos mais recuperar", defendeu
"O alerta que deixamos é que este é o momento de garantir autonomia às instituições do património. Não tem nenhum sentido que quem aqui [no Mosteiro de Tibães] trabalha todos os dias tenha que pedir autorização à direção-geral para comprar detergente para a limpeza".
"O Bloco de Esquerda tem dito, e não é uma opinião do Bloco, é uma meta que do ponto de vista dos países europeus tem sido considerada a correta, de que o orçamento da Cultura deve ser 1% do PIB do país, estamos muito longe disso", apontou, lembrando que a verba para a Cultura está em 0,1% (retirando o estipulado para a rádio e televisão publicas).
"Nós sabemos que não podemos de um dia para o outro ter 1% [do PIB] para a Cultura mas precisamos seguramente de começar a aumentar esse orçamento e de fazer esse compromisso".
A coordenadora do Bloco congratulou-se pelo Governo ter abandonado a ideia do crédito fiscal, sublinhando que este percebeu que o que "responde às necessidades" do país é o aumento do número de escalões de IRS.
"Ainda bem que o Governo abandonou a ideia do crédito fiscal e percebeu que o que responde às necessidades do país é mais escalões de IRS, essa é a forma justa, nós precisamos de justiça fiscal e não de medidas simbólicas", afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda comentava uma notícia divulgada pelo Público onde é referido que o Governo liderado por António Costa terá desistido da ideia de aplicar 200 milhões de euros num crédito fiscal para os mais pobres e destinar aquela verba para fazer face ao impacto de uma eventual alteração nos escalões do IRS.
Questionada pelos jornalistas sobre o projeto de resolução do CDS sobre o Programa de Estabilidade, Catarina Martins respondeu que “tinha todo o prazer em discutir as propostas alternativas do CDS, acontece que o próprio CDS disse que as propostas alternativas não eram para levar a sério”, porque, defendeu a bloquista “o projeto era só para causar incómodo ao Bloco de Esquerda”.
Assegurando que a resolução do CDS-PP “não causa nenhum incómodo”, Catarina Martins sublinhou que o Programa de Estabilidade é uma responsabilidade do Governo.
“Cá estamos para negociar o Orçamento do Estado porque esse sim, fará diferença na vida das pessoas", vincou.
Comments
Mudar, mudar, mudar até que tudo acabe
Melhor será mudanças automáticas com dupla embraiagem.
Que regime político pretende
Que regime político pretende o Bloco para Portugal?
Subscrevo!
Subscrevo!
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