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EUA: Sondagens apontam vitória da legalização da canábis

A poucas semanas das eleições presidenciais norte-americanas e dos referendos estaduais, a legalização da canábis para fins recreativos pode vencer nos cinco estados em que vai a votos.
Foto Dank Depot/Flickr

Ao todo serão 55 milhões de pessoas – um sexto da população dos Estados Unidos – chamadas a votar em referendos para legalizar a canábis para fins recreativos no dia 8 de novembro na Califórnia, Arizona, Nevada, Maine e Massachusetts.

Se a legalização vencer em todos os estados, a população abrangida quadruplicará, abrangendo estados que representam 23% da população e 26% do PIB dos EUA. Mas basta uma vitória na Califórnia para triplicar o número de norte-americanos com acesso legal à planta.

Em caso de vitória, a população destes estados junta-se aos 17.5 milhões de norte-americanos residentes em estados onde adquirir canábis já é legal: Alaska, Colorado, Oregon e Washington. Ou seja, se a legalização vencer em todos os estados, a população abrangida quadruplicará, abrangendo estados que representam 23% da população e 26% do PIB dos EUA. Mas basta uma vitória na Califórnia para triplicar o número de norte-americanos com acesso legal à planta.

As sondagens nacionais revelam há bastante tempo a mudança de opinião sobre esta matéria.: há dez anos, a sondagem da Gallup indicava 36% de apoiantes da legalização e hoje alcança 58%.

Nas sondagens estaduais, verifica-se que no Arizona o resultado é incerto, com pequenas margens de vitória para o Sim ou para o Não. Na Califórnia, a vantagem da legalização é confortável, com várias sondagens a apontar entre 50% e 60% de apoio, para além de contar com o apoio declarado do Partido Democrático e dos principais jornais, para além de ter recolhido mais de 20 milhões de dólares para a campanha.

No estado do Maine, a última sondagem publicada há duas semanas dava 53% à legalização, contra 38% e com um número de indecisos inferior a esse intervalo. Um resultado semelhante à última sondagem no Massachusetts, onde cerca de dois terços da população já aprovou a canábis com fins terapêuticos e a descriminalização em referendos na última década. Por último, no Nevada, a legalização tem ganho apoio nas sondagens, subindo nos últimos meses de 50% para 57%, em estudos promovidos por diferentes entidades.

Uso terapêutico de canábis vai a votos em quatro estados

Nos referendos de 8 de novembro, há outros quatro estados – Arkansas, Florida, Montana e Dakota do Norte – a votar sobre a legalização ou mudanças na regulamentação da legalização já aprovada da canábis para fins terapêuticos.

No Arkansas, a vitória da legalização parece difícil e uma sondagem de setembro indica que pode repetir-se o resultado de 2012, que rejeitou uma iniciativa nesse sentido pela margem mínima. Neste estado há duas propostas a referendo: uma que autoriza também o autocultivo por parte dos doentes que vivam a mais de 20 milhas dos pontos de venda tem 53% de rejeição e apenas 36% de apoio. Segundo a mesma sondagem, a segunda proposta, que limita a 40 o número de pontos de venda no estado, apresenta 49% de intenções de voto a favor e 43% contra.

No sentido oposto, a Florida está a preparar-se para uma vitória retumbante, com as sondagens a darem 77% a favor da legalização da canábis com fins terapêuticos. No Dakota do Norte e no Montana não há sondagens sobre o tema, mas neste último estado o que vai a votos não é a legalização – já aprovada por larga maioria em 2004 – mas o fim das restrições impostas pelos legisladores, que limitaram o número de doentes a três por cada cultivador e encaminhavam para inspeção superior os médicos que receitassem canábis a mais de 25 doentes. A iniciativa inclui ainda o stress pós-traumático na lista de doenças autorizadas para receita de canábis.

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