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Portugal tem mais 1339 milionários este ano

Em 2016 houve mais 1339 portugueses a alcançarem um património superior a um milhão de dólares, embora a maioria tenha uma riqueza inferior a 100 mil dólares.
Foto Karen Bryan - Flickr

De acordo com a edição do Global Wealth Report do Credit Suisse, citada pelo Jornal de Negócios, Portugal tem mais de 54 mil milionários e três pessoas com mais de mil milhões de dólares (942 milhões de euros).

Durante este ano houve mais 1339 pessoas que atingiram um património num valor superior a um milhão de dólares, o equivalente a 940 mil euros, em comparação com o ano anterior.

Segundo o estudo daquele banco, este número corresponde a 0,6% dos 8655 milhões de adultos contabilizados, sendo que 209 pessoas possuem uma fortuna superior a 50 milhões de dólares (47 milhões de euros).

No entanto, e de acordo com o Credit Suisse que prevê um aumento do número de milionários nos próximos anos, 88,4 por cento dos portugueses tem um património abaixo dos 100 mil dólares (94 mil euros), havendo ainda 55,7 por cento de adultos com um riqueza que se situa entre os 10 mil e os 100 mil dólares e 28,7 por cento cujo património não atinge os 10 mil dólares (9.400 euros).

O relatório refere ainda que que a riqueza média por adulto em Portugal aumentou este ano 1,3% face a 2015, para 77,1 mil dólares (72,6 mil euros), situando-se o Produto Interno Bruto (PIB) por adulto nos 28 mil dólares (26,3 mil euros).

Concentração da riqueza

A nível global, o relatório refere o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha como os países que acolhem o maior número de novos milionários, sendo que o total de pessoas com um património superior a um milhão de dólares (940 mil euros) aumentou em 596 mil para 32,9 milhões, esperando-se que a maior taxa de crescimento de milionários nos próximos cinco anos tenha lugar na China (73%), seguida da Índia, Austrália e Canadá.

O estudo do Credit Suisse refere que as desigualdades na distribuição da riqueza continuam a aumentar.

“As nossas estimativas sugerem que a metade mais baixa da população global detenha colectivamente menos de 1 por cento da riqueza global, enquanto os 10 por cento adultos mais ricos detêm 89% de toda a riqueza, com o top 1% [os 1% por cento mais ricos] a contar com metade dos activos globais”, sublinha o relatório.

Os responsáveis pelos estudo adiantam que “nos anos mais recentes, a desigualdade na riqueza teve uma tendência de subida, motivada em parte pelo aumento da proporção dos ativos financeiros e pelo fortalecimento do dólar”.

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