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Três jornalistas condenados na véspera da visita de al-Sisi a Portugal

A condenação do presidente do Sindicato de Jornalistas, do seu secretário-geral e do chefe da sua comissão de liberdades, acusados de terem dado abrigo a outros dois repórteres perseguidos pelo regime militar, foi anunciada esta sábado. Todos terão de cumprir pena de dois anos de prisão, uma sentença passível de recurso em liberdade.
O caso assume contornos rocambolescos, uma vez que as acusações contra os repórteres abrigados pelo Sindicato já foram abandonadas. Eles tinham escrito sobre os protestos contra a transferência de duas ilhas no Mar Vermelho para a Arábia Saudita, após o governo ter proibido notícias a esse respeito.
A rusga policial à sede do sindicato foi um ato sem precedentes n Egito, levando muitos órgãos de comunicação – incluindo os mais próximos de al-Sisi –a exigirem a demissão do ministro do Interior.
O presidente egípcio, que alcançou o poder na sequência de um golpe de Estado que depôs o presidente eleito Mohamed Morsi e lançou uma repressão sangrenta contra a Irmandade Muçulmana, organização que era a base de apoio de Morsi, vem a Portugal na próxima segunda-feira, numa operação de charme diplomático.
Segundo a imprensa, o objetivo da vista de al-Sisi é o de agradecer o apoio diplomático português e tranquilizar os turistas quanto à segurança no seu país, que tem sido alvo de atentados e palco de manifestações violentas e repressão dos opositores. Um dos países que mais beneficiou com a queda do turismo no Egito e no conjunto dos países do sul do Mediterrâneo, por causa da ameaça terrorista, foi justamente Portugal, que tem batido recordes de turistas nos últimos anos.
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Vergonha
O governo português deveria ter vergonha por ter recebido esse assassino. É pena que Portugal dê legitimidade a um regime criminoso e corrupto.
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