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Dona da TVI apresenta queixa contra publicação dos Panama Papers

O grupo de media Prisa pede 8.2 milhões de euros de indemnização ao site El Confidencial pela revelação das ligações do seu presidente a empresas do universo da Mossack Fonseca.
Panama Papers: Prisa processa El Confidencial

O site espanhol revelou os documentos dos Panama Papers e um dos nomes associados ao escândalo foi o de Jose Luis Cebrián, o dono do grupo mediático Prisa, dono do diário El País e do canal português TVI, que também fez parte do consórcio de jornalistas com acesso aos nomes e documentos dos Panama Papers.

Segundo a notícia publicada pelo diário francês Le Monde, A Prisa quer receber uma indemnização de 8.2 milhões de euros por “concorrência desleal”, queixando-se que as informações publicadas pelo El Confidencial causaram prejuízos ao grupo, como a queda nas vendas do El País e das receitas de publicidade e assinaturas, dificultando ainda a posição negocial da empresa no processo de entrada de um grupo do Qatar no capital da Prisa.

As notícias do El Confidencial davam conta do nome da ex-mulher de Cebrián numa offshore nas Seychelles entre 2004 e 2010, tendo confessado ao site nunca ter assinado nenhum documento e atribuído essas empresas ao círculo próximo do ex-marido. Essa offshore seria a beneficiária de uma outra, controlada pelo hispano-iraniano Massoud Farshad Zandi, um amigo de Juan Luis Cebrián que lhe ofereceu em 2014, através dessa offshore, uma fatia de 2% da sua petrolífera sedeada no Luxemburgo.

Ainda segundo o Le Monde, a queixa da Prisa não desmente nenhuma das informações reveladas pelo El Confidencial, limitando-se a dizer que os ataques a Cebrián são na verdade ataques ao grupo Prisa por parte de um órgão concorrente. O El Confidencial diz que a maior fatia da indemnização pedida diz respeito aos presumíveis “danos morais”, que o grupo Prisa diz querer agora reparar através de uma campanha publicitária para “recuperar a sua imagem”.

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