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“Direita hoje cala-se porque não é defensável manter o privilégio do 1% com fortunas”
“Eu acho que a resposta é não, e acho que depois da intervenção do deputado Pedro Passos Coelho sabemos todos aqui na Assembleia da República que ninguém se consegue opor à justiça desta medida”, avançou a coordenadora do Bloco de Esquerda durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa.
“Porque depois de a direita ter passado os últimos dias com uma loucura tremenda para acabar com a medida de um grupo de trabalho que estava a estudar essa justiça básica”, hoje “calam-se porque sabem que não é defensável manter o privilégio do 1% que detém fortunas imobiliárias”, acrescentou a dirigente bloquista, lembrando que são 8 mil aqueles que, em Portugal, têm mais de um milhão de euros em fortuna imobiliária, e 40 mil aqueles que têm mais de meio milhão, o que equivale a “ter mais de 10 casas de quatro assoalhadas no centro de Lisboa e muito mais de for o valor patrimonial rural “.
Catarina Martins sublinhou ainda que é complicado para a direita vir “defender que alguém que tenha uma fortuna de milhões em património imobiliário pague a mesma taxa de imposto do pequeno proprietário”.
“Como não se podem defender, escondem-se atrás dos comentadores e não trazem ao tema ao parlamento”, referiu a coordenadora do Bloco, enfatizando que “não podemos fugir das medidas que significam justiça no nosso país”.
Nos últimos dias, “ouvimos de tudo”, avançou a deputada, lembrando que “até vimos PSD e CDS a fazer novamente conferências de imprensa em conjunto”.
“Ouvimos falar de confisco fiscal pelos partidos PSD e CDS, que foram responsáveis pelo enorme aumento da carga fiscal para a classe média, com o aumento de 2 mil milhões de euros quando impuseram a alteração dos escalões e a sobretaxa, que sim, já se começou a devolver”, assinalou Catarina Martins.
Falaram de confisco fiscal aqueles que a OCDE vem dizer hoje que foram os que mais aumentaram os impostos
“Falaram de confisco fiscal aqueles que a OCDE vem dizer hoje que foram os que mais aumentaram os impostos sobre os salários mais baixos e quiseram convencer o país de que quem tem uma casa, quem herda uma casa de família e quem compra uma casa de férias tem uma fortuna imobiliária”, adiu, apontando que, “quando os números vêm e sabemos que as fortunas são apenas de 1%, não têm outra hipótese senão calar-se porque a justiça da medida é evidente”.
Segundo a coordenadora do Bloco, “quando falta a vergonha, quando faltam os argumentos para defenderem o 1% dos mais ricos, aqueles que não pagam o que devem pagar quando comparado com o esforço que é pedido a todo o país, então vêm falar do investimento, argumentando que se toca nos ricos, lá vai o investimento no país”.
PSD e CDS não estão a defender o investimento, estão a defender os seus clientes dos vistos gold e a especulação imobiliária que só arruína o país
“É sempre assim: sempre que há uma medida para combater privilégios, sempre que há uma medida de justiça a direita dirá que isso faz perder investimento. É a desculpa de sempre”, lamentou Catarina Martins.
Para a dirigente bloquista, PSD e CDS, “não estão a defender o investimento, estão a defender os seus clientes dos vistos gold e a especulação imobiliária que só arruína o país”
“Este país não é um offshore. Neste país é preciso pensar nas pessoas. E se os mais ricos dos ricos tiverem de pagar um pouco mais para o esforço de aumentar as pensões de quem vive na pobreza, a isso chamamos justiça, e foi para isso que fomos eleitos”, vincou.
A coordenadora do Bloco lembrou que “há 1 milhão de pensionista com menos de 400 euros de pensões” e que “os pensionistas que tiveram 15, 20, 30 e 40 anos de descontos nunca viram um cêntimo de aumento do PSD e CDS”.
“O descongelamento das pensões é insuficiente”, assinalou Catarina Martins, defendendo que a “atualização ao nível da inflação está a tirar rendimento aos pensionistas que ganham menos”.
“Para o Bloco de Esquerda, o centro e a prioridade é o aumento real das pensões, principalmente dos pensionistas que vivem com menos”, rematou.
Comments
Imposto progressivo
O simples fato de ser necessário defender essa pequena progressividade nos impostos já é sinal do retrocesso político pelo qual passamos. Escrevo do Brasil, onde o mesmo se observa. E onde, pela existência de um imposto sobre a renda generoso com os riso e por falta de algum imposto sobre heranças, estamos a criar uma sociedade de herdeiros ociosos e incapazes.
RIgorosamente uma medida para
RIgorosamente uma medida para encher pilins e trocos sem qqr auxilio directo às clases mais baixas. Quanto à fasquia de 1 milhão apartir do qual será executado calculo de IMI, considero-la muito ineficaz, e basta contratar-se um mero estudante de Matemática do 1º ano, para calcular a tangente à função f(X)=(valor imobiliário /nº de cidadãos), e determinar-se-ia que o ponto de inflexão - que apartir do qual se pode determinar a classe acima da classe média - certamente se situa mais
à esquerda no eixo XX. Quanto `à fiscalização, desconheço se efectivamente, abarcará o valor de 200 milhões já que havemos de saber se repetir-se-á a fuga ao IMI2 por desvalorização imobiliária forçada a pedido do proprietário. Já vimos o comportamento humano em simples casos como episodios de carta de condução corrompidas, porque não aconteceria o mesmo em valores astronomicos? Sériamente deve-se repensar em dupla avaliação total imobiliaria caso uma 1º avaliação ascender um valor "considerado suspeito" num limite contiguo razoavel de 100.000 por ex.. (900.000 x Variavel2=montantebancário/desc.seg.social/etc..)
Entretanto, não deixo de
Entretanto, não deixo de cismar porque a recolha de receitas, não provem da desonestidade e falta de cumprimento moral e de ética? Sim ,há muito por multar , não através do ancestral meio de fiscalização (bastante dispendioso) , mas sim pelo errado comportamento humano em questões como precariedade, despedimento ilegal, desconhecimento geral das principais normas vigentes no código de trabalho. Sim e porque se tem licença para recrutar quando o proprio recrutador desconhece as minimas leis quanto despedimento coletivo, despedimento sem justa causa, descriminação em contexto de seleção RH, etc etc.
Em suma tem-se dois mecanismos que podem ser utilizados pelo Estado a fim de normalizar ordem pública:
Medida1) Educar&Avaliar (pouco usada-medida preventiva ; Populacao Alvo: total:;despesa:$)
Medida2): Fiscalizar (exageradamente e recorrentemente usada- medida pro-activa ; Populacao Alvo: muito limitativa ;despesa:$$$$$)
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