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“Portugal tem de ser uma voz ativa pela reestruturação da dívida”

Catarina Martins afirmou esta terça-feira que os bloquistas estão a "chegar a acordo" com o governo sobre matérias importantes, tendo ainda saudado o descongelamento do indexante dos apoios sociais. A coordenadora do Bloco disse ainda esperar que Portugal possa ter "uma voz ativa" na reestruturação da dívida.
Foto de Tiago Petinga/Lusa

No final de uma audiência com António Costa sobre a preparação da cimeira europeia de Brastilava que decorreu na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, a coordenadora do Bloco afirmou que "em matérias tão diferentes como a energia, como a habitação, como o combate à precariedade, estamos a chegar a acordo", tendo acrescentado que “esta situação dá-nos alguma confiança na possibilidade de um Orçamento do Estado que responda aquilo que é o acordo que fizemos: parar o empobrecimento em Portugal, respeitar quem vive do seu trabalho”.

Catarina Martins saudou ainda o aumento do indexante dos apoios sociais - que se encontra congelado desde 2009 - e sublinhou que "esta medida estava inscrita no acordo".

"O governo já assumiu que vai acontecer neste Orçamento, ainda bem que é assim", disse.

“Estou certa que os acordos que foram feitos vão ser todos cumpridos e este é um passo importante nessa matéria", avançou.

"Libertar recursos para o investimento"

No que diz respeito às negociações para o Orçamento do Estado, Catarina Martins sublinhou que "o Bloco dá muita importância à recuperação das pensões, porque os pensionistas são aqueles que ainda não tiveram qualquer recuperação de rendimentos até agora com as medidas de uma nova maioria parlamentar".

"Consideramos que, tendo em conta a carreira contributiva que as pessoas tiveram, as pensões baixas em Portugal, a pobreza entre idosos, para este governo tem de ser uma prioridade a recuperação de rendimentos dos pensionistas", sublinhou.

Em matéria de políticas europeias, Catarina Martins afirmou desejar que a União Europeia decida seguir o caminho do "crescimento da economia e do emprego e não de pressão sobre os países do sul".

"Aquilo que nós esperamos é que Portugal possa ter uma voz ativa em questões como a reestruturação da dívida dos países soberanos, libertar recursos na Europa para o investimento e para o crescimento económico e criação de emprego, que é a condição fundamental para a coesão social e a estabilidade na Europa", acrescentou.

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