You are here

Bloco recusa "alterações de lei para permitir a acumulação de cargos"

Catarina Martins manifestou-se contra eventual alteração da lei bancária para permitir nomeação para administração da Caixa dos administradores chumbados por excederem limite de cargos.
Catarina Martins cumprimenta um feirante na FATACIL, foto de Luís Forra/Lusa.

Catarina Martins afirmou este sábado que está contra qualquer alteração legislativa para beneficiar determinadas pessoas "mudar de lei para servir alguns nomes em cima da hora não é algo que se deve fazer", tais mudanças "não correspondem às atuais exigências políticas", acrescentou a coordenadora do Bloco.

Catarina reagia ao anúncio do secretário de Estado das Finanças que o governo iria propor uma alteração legislativa à lei bancária que permitisse a nomeação para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) dos oito administradores não executivos que chumbados pelo Banco Central Europeu (BCE) por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades. A proposta de alteração legislativa ainda não foi conhecida.

"Num novo quadro político que se vive, temos de viver também a política de uma forma que esteja à altura desde novo quadro político. Por isso, alterações de lei para servir determinadas pessoas ou alterações de lei para permitir acumulação de cargos, vão no contrário do que é a exigência do novo quadro político", acrescentou. 

"A CGD tem uma administração, o que interessa discutir é o propósito estratégico [da Caixa], o seu papel na economia, como pode ajudar a criar emprego" acrescentou Catarina. Catarina prestou declarações quando visitava a Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL), no Algarve. 

"O Bloco não pactua com ditaduras"

Quando lhe perguntaram por que razão o Bloco não se fez representar no congresso do MPLA em Luanda, Catarina respondeu que "o Bloco de Esquerda não pactua com ditaduras e é muito triste que quase todos os partidos portugueses tenham ido prestar vassalagem ao MPLA".

Para Catarina Martins, respeitar Angola "é também defender a democracia e pluralidade de opinião em Angola e não ter uma relação subserviente com o MPLA, que é o partido do Governo, que é uma ditadura" na qual se "prendem pessoas por delitos de opinião". Catarina concluiu, lembrando o caso dos 15+2 ativistas presos por "lerem um livro".

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
Comentários (1)