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"As empresas e os patrões dos portos querem contratar pessoas ao dia"

Catarina Martins acusa "o que os patrões dos portos estão a fazer é inaceitável, a contratação de pessoas ao dia era uma coisa comum no século XIX, não vamos aceitar voltar a ela no século XXI". Declarações feitas numa visita à Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, em que Catarina afirmou que a maioria de esquerda está a debater uma boa solução para a entrada em vigor das 35h.
Foto de Paulo Novais/Lusa.

Catarina Martins acusou as empresas do Porto de Lisboa de desrespeitarem os estivadores "vejo com imensa preocupação o despedimento coletivo dos trabalhadores, é preciso a intervenção do governo, é preciso por as empresas e os patrões do trabalho portuário na ordem porque, basicamente, o que querem é contratar pessoas ao dia. É preciso explicar-lhes que a contratação de pessoas ao dia era uma coisa comum no século XIX, que ao longo do século XX a legislação laboral foi adaptada para que as pessoas sejam respeitadas e não vamos aceitar no século XXI voltar à contratação à hora ou ao dia nos portos, como se vivêssemos no século XIX".

"Faz parte do acordo de maioria de respeitar os salários, que a função pública volte a trabalhar 35 horas"

Sobre a data de entrada em vigor das 35h de trabalho na função pública, Catarina Martins explicou que "o governo anterior aumentou o horário para as 40h sem pagar essas cinco horas extra que todas as semanas os funcionários públicos foram obrigados a trabalhar mais, e, portanto, faz parte do acordo de maioria de respeitar os salários, que os trabalhadores voltem a trabalhar as horas que lhes são pagas, que são as 35 e não as 40. Portanto, estou certa que o governo cumprirá o acordo, estamos a debater e estou certa que encontraremos uma boa solução em breve".

Integração da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal no SNS

As declarações de Catarina Martins aos jornalistas ocorreram no final de uma visita da porta voz bloquista à Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que lançou recentemente uma petição para ser integrada no Serviço Nacional de Saúde (pode ser assinada aqui).

Sobre a Associação, Catarina afirmou que "as pessoas com diabetes têm diversos problemas de saúde e aqui encontram um trabalho integrado sobre a sua saúde, com a resposta ao que precisam. Aqui acorrem crianças, famílias, gente de todo o país para poder ser tratada e acompanhada. Temos dado passos para responder melhor À diabetes, lembro que aprovámos recentemente no parlamento que as crianças até aos 10 anos possam passar a ter acesso a bombas de insulina, mas há muito mais trabalho a fazer. Esta associação vivem com orçamentos decididos a cada ano e sempre sem saber como será o ano seguinte. É o momento de reconhecermos a necessidade da estabilidade de uma integração no Serviço Naciona de Saúde (SNS) daquilo que são cuidados integrados no SNS".

Catarina Martins concluiu, afirmando que "temos uma posição intransigente contra contratações redundantes na saúde e nos últimos anos vimos como os hospitais deixaram de fazer análises ou meios de diagnóstico para passarem a fazê-los os privados. É mau passarmos para o privado o que o público tinha. Aqui, podemos fazer uma coisa diferente, é uma resposta que o serviço público nunca deu e que pode passar a dar, se conseguir fazer uma parceria de outro tipo com esta associação, que é o que o Estado deve fazer. Não é desperdiçar dinheiro pagando o que é redundante, mas integrar no SNS o que falta no SNS".

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