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“Intransigência e radicalismo da CE não podem pôr em causa recuperação de rendimentos”

Questionada pelos jornalistas se, perante a recomendação da Comissão Europeia (CE) ao Governo no sentido da adoção de medidas adicionais até 2017, os portugueses e as portuguesas podem contar com mais austeridade, Mariana Mortágua garantiu que, "no que depender da maioria que o Bloco de Esquerda faz parte", isso não acontecerá.
“Não, não podem esperar mais austeridade, não é esse o caminho que nós estamos a fazer, não foi esse o nosso projeto”, afirmou a deputada bloquista, sublinhando que o Governo tem que "defender aquele que tem sido o seu projeto até agora, o compromisso de recuperação de rendimentos".
Segundo Mariana Mortágua, "essa estratégia não pode ser violada, nem pode ser posta em causa pela intransigência e radicalismo da Comissão Europeia".
Sobre o anúncio da CE de que irá manter o país sob o Procedimento por Défices Excessivos (PDE) e que adia para julho a decisão de propor eventuais sanções a Portugal e Espanha por causa do défice de 2015, Mariana Mortágua denunciou o “jogo político” por parte de Bruxelas para condicionar as eleições espanholas, marcadas para 26 de junho.
"Acredito que a Comissão Europeia ao não divulgar já uma posição formal sobre as sanções, o que está a fazer é a ganhar espaço para poder pressionar de alguma forma não só o período eleitoral, mas também a formação política que sair em Espanha", referiu.
Lembrando “todas as pressões da Comissão Europeia" em Portugal quando se estava a negociar o último Orçamento do Estado, a dirigente do Bloco salientou que dá sempre "jeito" a Bruxelas "nunca ter uma posição formal para poder, de forma informal, ir pressionando quer as populações, para não apoiarem nenhuma solução que não seja aquela que é defendida pela Comissão Europeia, quer os Governos quando são eleitos com uma outra estratégia".
"É um contra senso do mais perverso que existe impor sanções pelo falhanço de uma política que foi imposta, isto não é um castigo moral para os meninos mal comportados na escola, estamos a falar de um país e da vida de pessoas. Nada disto faz sentido", vincou Mariana Mortágua.
Para a deputada bloquista, "está na altura de marcar uma rutura e de explicar à CE que Portugal não aceita ser mais sancionado ou ser de alguma forma constrangido nas políticas que acha necessário aplicar".
Mariana Mortágua teceu ainda duras críticas aos líderes do PSD e do CDS, apontando a "hipocrisia" de Passos Coelho e Assunção Cristas, que em Portugal escrevem cartas à Comissão para ser "branda com as sanções", mas, a nível europeu, integram um grupo partidário que exige intransigência.
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Para a deputada bloquista,
Para a deputada bloquista, "está na altura de marcar uma rutura e de explicar à CE que Portugal não aceita ser mais sancionado ou ser de alguma forma constrangido nas políticas que acha necessário aplicar".
Nem mais, Portugal é um país soberano ! E como pais soberano, não só não tem de prestar contas à CE, como tem de receber pontualmente, os muitos milhões dos fundos estruturais e sem grandes perguntas porque o povo de esquerda (os 2/3 da maioria sociológica de esquerda) que vive da teta do Estado, e muito bem porque se trata de um Direito Adquirido, como refere a Constituição dos Funcionários Públicos, não pode passar fome por falta de fundos.
Eu olho para estas pessoas de esquerda e sinto que com esta gente temos, Portugal e o Mundo um futuro brilhante. Por exemplo, ouvi há dias o secretário geral da CGTP afirmar, referindo-se aos custos das 35 horas para os funcionários públicos que o governo nesse particular tem é de se chegar aos mercados e exigir a renegociação da divida e dos juros da mesma e , a partir daí, os custos das 35 horas deixavam de se pôr.
Ora, isto mexeu comigo, e pus-me a pensar : um tipo está endividado para além da ponta dos cabelos, como é o caso de Portugal, e chega-se ao banco e diz: exijo que me renegoceiem a minha divida e os montantes dos juros que ando a pagar porque quero trabalhar menos uma vez que preciso de tempo para mim, para o descanso o lazer e a familia.
Cheguei à conclusão que estamos perante um conceito visionário na área das finanças e da economia. Um conceito que mudará o mundo das relações económico/financeiras entre paises, empresas e pessoas, tal como o conhecemos. Uma ideia visionária como esta é o garante de um mundo a abarrotar de Direitos, uma ideia tão cara à Esquerda Progressista e à maioria sociológica que a sustenta e, melhor que isso, sem custos ! Podemos até nem ficar pelas 35 horas e avançarmos para as 25 horas por semana, 20 horas por semana, 10 horas por semana... E não se esqueçam que aqui nem estou a incluir os Fundos Estruturais, que referi no 1º paragrafo, e que a UE tem de nos dar porque estamos a falar do Projecto Europeu, que é como quem diz, uma Europa Solidária !
Começo a achar, apesar do cepticismo inicial, confesso, que os nossos filhos não têm nada a recear e que o futuro deles vai ser, sem dúvida, brilhante !
Obrigado Costa, Catarina, Jerónimo e esse grande mentor Arménio Carlos cujo intelecto acaba de nos legar um Amanhã Cheio de Abris !
és mais por um amanhã cheio
és mais por um amanhã cheio de Maios! Claro, desde que continues no bem bom, com os outros a trabalhar para o teu sustento, Portugal é risonho. São assim estes latifundiários da "fidalguia"
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