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Quercus quer encerramento da central espanhola de Almaraz

A associação ambientalista Quercus reivindicou, esta segunda-feira, o encerramento da central nuclear espanhola de Almaraz, situada a 100 quilómetros da fronteira portuguesa.
Milhares de pessoas manifestaram-se pelo fim da energia nuclear. Foto de Christopher Jue/Epa/Lusa

Na véspera em que se assinalam 25 anos do acidente nuclear de Chernobil, na Ucrânia, a Quercus recordou que não é ainda conhecida “a dimensão real do acidente de Fukushima, no Japão, sendo já certo que terá sido um dos mais graves da história”, avançou a associação em comunicado.

A associação ambientalista frisou ainda que em Portugal existem mais de quarenta minas de urânio abandonadas, que “continuam a poluir a água e os solos e a afectar as populações vizinhas”.

Como forma de alertar as populações para a questão do nuclear, a associação em parceria com o Movimento Urânio em Nisa Não e a Associação de Ambiente em Zonas Uraníferas, promove um debate em Nisa, na próxima sexta-feira, sobre as alternativas ao nuclear, a exploração de urânio em Portugal e o encerramento das centrais nucleares em Espanha.

Milhares exigem encerramento de centrais nucleares

No mesmo dia em que a Quercus reivindicava o encerramento da central de Almaraz, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se a exigir o encerramento das centrais nucleares ainda em funcionamento.

Naquelas que são conhecidas como as “Marchas da Páscoa”, os manifestantes exigiram o fim das centrais nucleares ainda em funcionamento na Alemanha. As concentrações decorreram com especial participação nas cidades onde ainda funcionam centrais nucleares como Gronau, Biblis e Krummel. Recorde-se que após o incidente ocorrido no Japão, o Governo de Angela Merkel aprovou uma moratória de três meses sobre a extensão da vida útil dos reactores atómicos, já dicidida pelo Governo no ano passado.

Também em França milhares de pessoas exigiram o encerramento das centrais nucleares e a defesa das energias renováveis realizando acções simbólicas em frente às centrais nucelares ainda em funcionamento.

No Brasil, activistas da Greenpeace simularam uma nuvem radioactiva em frente à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDS), no Rio de Janeiro, alertando não apenas para o fim da energia nuclear, como também para reivindicar a suspensão da construção de uma nova central nuclear, financiada pelo BNDS.
 

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