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"Presidente deve ser o garante da soberania democrática do país"

Catarina Martins reagiu ao discurso de posse de Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República. "Um discurso conservador, mas que tenta fazer pontes", sublinhou a porta-voz do Bloco.
Foto Paulete Matos

No discurso de tomada de posse, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu "solidariedade institucional indefetível" com "a representação legítima e plural da vontade popular expressa na Assembleia da República". E prometeu ser "um guardião permanente e escrupuloso da Constituição e dos seus valores", ao mesmo tempo que defendeu o equilíbrio entre o rigor nas contas e políticas de crescimento e emprego.

"Temos de cicatrizar feridas destes tão longos anos de sacrifícios, no fragilizar do tecido social, na perda de consensos de regime, na divisão entre hemisférios políticos", prosseguiu Marcelo, defendendo que o país atravessa um tempo "em que urge recriar convergências, redescobrir diálogos, refazer entendimentos, reconstruir razões para mais esperança".

Reagindo ao discurso do novo Presidente da República, a porta-voz do Bloco afirmou que "os falsos consensos do chamado centrão político – que corresponde ao centrão do poder económico – não deram respostas à necessidade da vida concreta das pessoas face à crise" e defendeu que o novo mandato do Presidente deve "corresponder à expetativa legítima da democracia de que os direitos sociais possam ter um outro peso" que não tiveram no mandato do seu antecessor.

"Tivemos nos últimos anos um Presidente da República que faltou vezes demais à lei fundamental", lembrou Catarina Martins, defendendo que o novo inquilino do Palácio de Belém "terá de ser não só o garante da Constituição da República Portuguesa, mas o garante da soberania democrática do nosso país nos desafios difíceis que temos pela frente".

Registando que Marcelo fez um discurso marcado em boa medida por uma "visão conservadora do país", Catarina Martins assinalou que o novo Presidente mostrou vontade de "fazer pontes com todos os setores". Pela sua parte, prometeu "a colaboração institucional que é necessária" e o empenho "num caminho que vá deixando a austeridade para trás e que corresponda às necessidades da vida concreta das pessoas", concluiu a porta voz do Bloco.   

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