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Governo alemão volta a ameaçar Portugal
No início de dezembro, aquando da primeira participação de Mário Centeno nas reunião do Eurogrupo, um porta voz do Ministério das Finanças alemão sublinhava que o executivo liderado pela chanceler Angela Merkel, saudava “o compromisso do novo Governo com as regras orçamentais europeias” e deixava o aviso no sentido de que era necessário dar “continuidade às políticas económicas de sucesso” impostas por Passos Coelho e Paulo Portas, que, na realidade, vieram a ditar o empobrecimento do país.
Depois de António Costa afirmar em Haia que a página da austeridade é para virar e que “já passou a fase em que Portugal trazia problemas à Europa”, fonte oficial do Ministério das Finanças alemão disse ao jornal Expresso que “os Estados-Membros têm de cumprir as regras orçamentais europeias que foram acordadas por todos”.
O alerta do Governo de Angela Merkel soma-se assim ao rol de chantagens da Comissão Europeia, que já veio dizer que exige ao executivo português um défice nominal abaixo de 2,8 por cento, e do banco alemão Commerzbank, que afirmou que “Portugal é a nova criança problemática” e arrisca ver-se na mesma situação da Grécia.
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União Europeia, capitalismo financeiro e soberania nacional.
Torna-se cada vez mais premente criar as condições para um amplo debate nacional que termine pela realização de um referendo onde se pergunte aos portugueses se querem permanecer, ou não, na União Europeia. É ao povo português que cabe decidir se quer continuar a ser um país independente e soberano, ou se lhe é indiferente ver-se diluído numa massa de interesses impostos pelo capitalismo financeiro que os burocratas de Bruxelas servem e, no fundo, só alimentam o desejo escondido do expansionismo alemão.
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