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General diz que alguns bloquistas “não são bem-vindos” a Angola
Em declarações à agência Lusa este domingo, o general Kangamba, alto dirigente do MPLA, falou do fim da greve de fome de Luaty Beirão e atacou os que denunciam as violações dos direitos humanos em Angola.
O general apontou as suas críticas ao Bloco de Esquerda, que tem denunciado as violações de direitos humanos em Angola e pedido a libertação imediata dos jovens ativistas presos. Bento Kangamba, que há poucos dias viu o seu currículo comparado com o de Luaty numa crónica de Francisco Louçã, afirmou mesmo que "alguns não são bem-vindos" ao país.
"O Luaty nunca foi preso político. O Luaty é do grupo de jovens que tentaram fazer aqui manifestações, a falarem mal de quem governa, de quem está próximo do Governo, mas isso não quer dizer que é político", afirmou o general, garantindo que Angola é uma democracia onde "não há presos políticos".
Bento Kangamba diz-se satisfeito com o fim da greve de fome de Luaty Beirão e esperar agora “que haja imparcialidade da Justiça no julgamento dos jovens, que quem cometeu apanhe pena, quem não cometeu que seja absolvido. Não pode é haver mais o espetáculo que estávamos a ver sobre esse Luaty”, disse à agência Lusa.
Kangamba viu as suas contas congeladas em Portugal até abril passado, numa investigação que envolveu buscas domiciliárias às suas casas por suspeita de branqueamento de capitais, com a apreensão de vários milhões de euros em notas. A operação começou na sequência de uma investigação no Brasil que apontava o general como o líder de uma rede de tráfico de mulheres. Em abril deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa mandou levantar o embargo às contas bancárias por entender que o Ministério Público não tem competência para investigar crimes praticados em Angola. Na altura, o general prometeu processar imprensa, Ministério Público e Polícia Judiciária.
Comments
Ladrões.
Boa tarde.
Kangamba é um dos melhores exemplos da minoria elitista dos poderes cleptocratas e corruptos de Angola, que geram um regime onde os direitos humanos não são respeitados.
Ao contrário do que Kangamba refere sobre quem não é bem-vindo em Angola, ele será sempre bem aceite em Portugal. Claro, desde que traga tudo o que tem ganho ilicitamente, e o entregue ao sistema judicial português no que a Portugal diga respeito, e autorize a sua extradição para os outros países onde os respectivos sistemas judiciais aguardam a sua presença.
Cumprimentos,
Paulo Figueiredo
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