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Bloco exige explicações para as nomeações de última hora

O governo nomeou cerca de uma centena de dirigentes de cargos intermédios da Função Pública na véspera das eleições. Para o Bloco de Esquerda, esta dança de cadeiras é uma “violação da ética administrativa”.
Foto Miguel A. Lopes/Lusa

“A austeridade, a preocupação com a despesa pública e com a racionalidade dos serviços, pelos vistos, são questões que o Governo coloca apenas para a sociedade, não para si próprio. Se um dia Passos Coelho e Paulo Portas atacaram os “jobs for the boys”, resolveram seguir o mesmo caminho”, afirma Catarina Martins no requerimento entregue na Assembleia da República a exigir justificações do governo para a vaga de nomeações de última hora.

“Além das nomeações feitas em vésperas de eleições, já de si uma violação da ética administrativa, a situação relatada ainda inclui o facto de ter havido cargos que foram criados uma semana antes das eleições”, prossegue a portavoz e deputada bloquista.

A maior parte das cerca de cem nomeações foram feitas para cargos no Ministério da Defesa e em regime de substituição ou comissão de serviço por três anos. Como se tratam de cargos intermédios, as nomeações escapam ao escrutínio da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.

“A cidadania não pode aceitar uma situação tão pouco transparente e que coloca a Administração Pública ao serviço de interesses partidários”, conclui o requerimento que exige a fundamentação do governo para a criação de cargos e a nomeação destes funcionários, na maioria ligados ao PSD e ao CDS.
 

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