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BES: “Somos todos lesados do PSD e do CDS”
“Soubemos hoje que somos todos e todas oficialmente lesados do PSD e CDS”, frisou a dirigente bloquista durante uma conferência de imprensa que teve lugar esta quarta-feira na sede nacional do Bloco de Esquerda.
“ Durante um ano, prometeram-nos que os portugueses não iam pagar os desmandos do BES, referiu Mariana Mortágua, lembrando que “chamaram-nos alarmistas quando várias vezes enumerámos essa possibilidade”.
“E hoje ficámos a saber que, por mais voltas que dê, por mais jogos de semântica que o governo faça, não há forma de o negar. É o INE que o diz: o défice oficial de 2014 foi revisto para 7,2%, o equivalente ao défice de 2011”, destacou a cabeça de lista do Bloco pelo círculo eleitoral de Lisboa.
“E queremos deixar isto bem claro: se o INE diz que o défice público oficial é de 7,2% é porque é o défice que todos vamos pagar. Se, como diz o governo, os bancos viessem a pagar esta perda, então ela não era registada no défice público, era registada nas contas privadas dos bancos portugueses”, acrescentou.
A dirigente bloquista afirmou ainda que “ficámos a saber mais com os dados divulgados hoje pelo INE”.
“Não é apenas o Novo Banco que causa o disparar o défice de 2014. Soubemos que, relativamente ao défice de 2015, nos primeiros seis meses do ano, o défice disparou para 4,7%”, avançou.
Mariana Mortágua relembrou que a meta para o total do ano de 2015 é de 2,7%, o que significa que, para cumprir a meta acordada, o governo tem de se comprometer a ter nos próximos seis meses um défice de 0,7%/0,6%”.
“É bom que tenhamos noção do que é que isto significa: não há memória de ter sido feito um défice de 0,6% nos últimos seis meses do ano depois de nos primeiros seis se ter registado uma derrapagem total”, alertou a dirigente do Bloco de Esquerda.
Segundo a candidata bloquista, adivinha-se, portanto, o incumprimento da meta que o governo se dispôs a cumprir.
“Nós queremos saber como é que isto se explica. Como é que o governo se apresenta a eleições com um discurso de recuperação económica, com um discurso de rigor e disciplina nas contas e depois tem para apresentar nos primeiros seis meses do ano um défice completamente descontrolado.”, rematou Mariana Mortágua.
Comments
Há uma dívida de 835 milhões
Há uma dívida de 835 milhões duma empresa (Oak Finance) do grupo BES, a qual está nas mãos da famosa Goldman Sachs, de que o Novo Banco está responsável, apesar de ser o banco «bom» e de supostamente o BES (banco «mau» ) ficar com as dívidas.
Isso explica porque o negócio de venda do NB correu tão mal! Nenhum dos potenciais compradores estava interessado em assumir essa dívida!
As coisas estão muito mal contadas...aqui em Portugal. Mas basta ler o artigo seguinte para percebermos a profundidade da desinformação: http://www.zerohedge.com/news/2015-09-23/budget-deficit-explodes-higher-...
Parabéns
Ai, meus amigos, se todos os políticos tivessem a honestidade intelectual desta notável Mulher a situação do país seria bem outra e muito melhor. São pessoas públicas como a Mariana Mortágua que nos desintoxicam o espírito de Miguéis Relvas, Passos Coelhos, Paulo Submarinos Portas e ouros traficantes da Pátria de igual jaez e podridão moral.
Parabéns e para a frente sempre por bom caminha
Manuel de Portugal
A trafulhice criminosa do
A trafulhice criminosa do Banco de Portugal e a cobertura do governo são responsáveis por todo o processo do BES/Novo Banco. É espantoso! Vejam só esta notícia respigada do DN de 26 de Dezembro de 2014:
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4314093
Citando:
"Quando o Novo Banco foi criado, a Goldman Sachs obteve a confirmação por parte do Banco de Portugal de que toda a dívida sénior do Banco Espírito Santo, como as obrigações Oak Finance, seriam transferidas para o Novo Banco. A 11 de agosto de 2014, um alto representante do Banco de Portugal explicitamente confirmou por escrito à Goldman Sachs a transferência dessas obrigações sénior para o Novo Banco", realçou hoje o banco de investimento norte-americano.
"Além disso, a Goldman Sachs também pediu confirmação por escrito ao Novo Banco de que a operação Oak Finance tinha sido transferida como um dos seus passivos ao que o Novo Banco respondeu explicitamente que as obrigações Oak Finance se encontravam no seu balanço", informou.
Por isso, de acordo com a Goldman Sachs, "o inesperado anúncio público do Banco de Portugal no início desta semana, retroagindo estas obrigações, contraria as expectativas e a confiança do mercado e causa danos a vários investidores, incluindo fundos de pensões, aos quais esses investimentos foram colocados com base nas garantias anteriormente dadas".
Daí, a Goldman Sachs, um dos maiores investidores institucionais do mundo, ameaça avançar para os tribunais contra a decisão tomada pelo Banco de Portugal.
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