You are here
Portugal é um dos desastres económicos da Europa, assinala Krugman
Num artigo intitulado “Os vários desastres económicos da Europa”, publicado na sua coluna no The New York Times, o Nobel da Economia desmonta a ideia de que a Grécia é um caso isolado.
Krugman dá o exemplo da Finlândia, ironizando que este país "não poderia ser mais diferente dos corruptos e irresponsáveis" países do Sul da Europa, além de ser um "modelo de sociedade europeia, com um governo honesto, finanças públicas sólidas, rating sólido e que consegue financiar-se nos mercados a taxas incrivelmente reduzidas".
O economista lembra que oito anos de crise económica na Finlândia já cortaram o PIB per capita no país em 10% e que "não há sinais de que pare por aqui".
Se não fosse a crise no Sul, a Finlândia poderia "muito bem ser vista como o desastre épico europeu", vinca.
O Nobel da Economia refere, porém, que a Finlândia não está sozinha, fazendo parte de “um arco de declínio económico que se estende desde a Europa do Norte através da Dinamarca – que não faz parte do euro mas gere o seu dinheiro como se fizesse – até à Holanda.
Paul Krugman assinala ainda o exemplo de outros países do Sul da Europa, como a Espanha, que tem uma "taxa de desemprego de quase 23% e o PIB per capital está ainda 7% abaixo dos níveis pré-crise"ou Portugal, que também obedeceu à ordem para implementar uma dura austeridade e está agora 6% mais pobre do que antes".
Referindo que ao aderirem ao euro estas economias colocaram-se num "colete de forças", o economista norte americano destaca que "tal não quer dizer que seja altura de acabar" com a moeda única. "O que é urgente é aliviar o colete de forças", esclarece.
Sobre o referendo grego, o Nobel da Economia alerta que, se ganhar o "sim", os gregos estarão a dar "poder e coragem aos arquitetos do falhanço da Europa".
"Os credores já demonstraram a sua força e capacidade de humilhar quem desafiar as suas exigências de austeridade sem fim. E vão continuar a reclamar que impor desemprego em massa é o único caminho responsável", avança.
Caso o 'não' vença no domingo, Krugman reconhece que esse resultado levará a um “terreno assustador e desconhecido" e que a Grécia poderá ter que sair do euro, contudo, defende que este cenário "oferece à Grécia uma hipótese real de recuperação" e será um "choque para a complacência das elites europeias".
Referindo que é “razoável recear as consequências de um 'não', porque ninguém sabe o que virá a seguir”, o economista norte americano salienta que há ainda mais razões para “temer as consequências de um voto no ‘sim’, já que, nesse caso, já sabemos o que virá a seguir – mais austeridade, mais desastres e eventualmente uma crise muito pior do que algo que já tenhamos visto até agora".
Comments
Contra factos, não poderá
Contra factos, não poderá haver qualquer argumento. A Grécia deu o exemplo.....não haverão mais povos corajosos nesta EU....ropa em declínio???
Crise Européia
Pois, pois... falou, falou, repetiu mil vezes a mesma ladainha e disse em 5000 palavras o que poderia ter dito em uma sentença....
Novas ideias
Desastre que não ocorreria se seguissemos os seus conselhos de há 5 anos, supõe-se. http://economico.sapo.pt/noticias/krugman-salarios-em-portugal-tem-de-ca...
a grecia deu exemplo
a grecia mostrou o caminho.
Deu exemplo.
Pediu mais um resgate à europa.
Implementa mais um programa de austeridade.
enfim.
a austeridade não funciona mas a saida do euro parece não ser solução.
Add new comment