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Censura para defender as gerações sacrificadas
O Bloco de Esquerda anunciou a apresentação de uma moção de censura no primeiro dia em que ela tem utilidade prática, 10 de Março. Não teria utilidade fazê-lo antes, como declarei, tem todo o sentido fazê-lo no tempo certo, e foi o que o Bloco decidiu.
E tem sentido por três razões. Em primeiro lugar, porque é agora que o governo concretiza medidas destruidoras do emprego porque facilitadoras do desemprego: a redução da indemnização pelo despedimento e o fundo para financiar o despedimento. Queremos que essas medidas sejam retiradas, que sejam recusadas e que sejam vencidas, porque vão criar mais desemprego. A esquerda bate-se por soluções.
Em segundo lugar, chegamos a uma situação insuportável: um em cada dois trabalhadores está desempregado ou é precário. O PS e PSD aprovaram a retirada do subsídio de desemprego a muitos desempregados, e reduziram o montante para os outros. A esquerda bate-se por soluções.
Em terceiro lugar, há um milhão de recibos verdes, muitos dos quais falsos. E podemos corrigir essa situação de abuso, introduzindo novas regras para o contrato dos falsos recibos verdes. A esquerda bate-se por soluções.
Todas estas medidas cruéis são impostas quando dois dos maiores bancos privados portugueses declaram 500 milhões de euros de lucros e nenhum IRC, e ainda pretendem impor ao Estado o reconhecimento de dívida fiscal. São estes bancos que cobram juros agiotas – como os bancos alemães e franceses – à economia portuguesa. A censura recusa a continuação desta política de austeridade e de desemprego. É portanto a força de uma convicção, a razão de uma luta e uma resposta ao pântano.
Comments
Louçã anunciou no dia 10 de
Louçã anunciou no dia 10 de Fevereiro que o BE ia apresentar uma moção de censura no 10 de Março. Contudo no dia 5 de Fevereiro, Louçã disse que o BE não vê "utilidade prática" na sua apresentação. "Sabemos que no dia em que estamos a discutir não tem qualquer utilidade prática a apresentação de uma moção de censura", disse.
E no dia 8 de Fevereiro, o seu líder parlamentar declarou ao Público que a sua bancada não está disposta a dar a mão ao PSD e CDS. "Não nos colocamos na posição de facilitar a vida à direita portuguesa", afirmou, lembrando que o que poderia significar uma moção de censura aprovada. "Derrubar este Governo para introduzir a revisão constitucional do PSD não é aceitável". O BE repete que discutir uma moção de censura neste momento "não tem efeitos práticos".
Porque é que para Louçã não teria utilidade anunciar a apresentação da moção de censura a 5 ou 8 de Fevereiro e tem todo o sentido fazê-lo a 10 de Fevereiro?
Sr. Leo, porque a 5 ou 8, não
Sr. Leo, porque a 5 ou 8, não passava de uma mera intenção sabe-se lá para quando. Ora, esta para de 10, é concreta e real. Mas afinal,o Sr. concorda ou não com uma moção, já que sobre tal, nada disse, só criticou o ser 5 ou 10 ?
“a 5 ou 8, não passava de uma
“a 5 ou 8, não passava de uma mera intenção” ???
Mas foi o Pureza, seu líder parlamentar, que no mesmo dia em que o BE decidiu anunciar uma moção de censura que declarou que a sua bancada não está disposta a dar a mão ao PSD e CDS. "Não nos colocamos na posição de facilitar a vida à direita portuguesa".
Afinal em que ficamos? Uma “mera intenção” (do PCP) “facilita a vida à direita” e uma acção do BE já não facilita?
Sr. Leo: "facilita a vida à
Sr. Leo: "facilita a vida à direita" foi quando o PCP deixou a HIPÓTESE de apresentar ou votar uma moção (de quem ? do PSD ?)
afinal o que mudou desde o
afinal o que mudou desde o dia OITO DE FEVEREIRO? quando o louçã disse isto:“Não nos colocamos na posição de facilitar a vida à direita portuguesa”..."Derrubar este Governo para introduzir a revisão constitucional do PSD não é aceitável...“não tem efeitos práticos”...a situação não era já insustentável? parece-me que isto foi mias um golpe de teatro das intermitências da testosterona do louçã para se adiantar ao PCP...o povo já percebeu, a ideia nem é fazer cair o governo, lá se iam os tachos todos...
"afinal o que mudou desde o
"afinal o que mudou desde o dia OITO DE FEVEREIRO?"
Parece que nada, a não ser que o clima melhorou. se calhar o calor subiu-lhes à cabeça...
Não é verdade que uma moção
Não é verdade que uma moção de censura só tenha efeitos práticos no dia 10 de Março, depois da tomada de posse de Cavaco Silva. Qualquer moção de censura tem efeitos práticos imediatos. O governo cai sempre, em qualquer momento, se uma moção for aprovada pela maioria dos deputados na Assembleia da República. Aqui o que se passou foi que se tinha de arranjar uma desculpa para a gincana do discurso de Francisco Louçã.
Antes de mais, não se deve
Antes de mais, não se deve pessoalizar, na pessoa do Louçã. Penso que esta atitude, foi tomada por uma maioria de elementos de direcção do BE. Quanto à moção, estou plenamente de acordo, vai agitar o parlamento e coloca as pessoas a discutir. Só por este facto é bom.Agora, podemos discutir se foi no tempo certo e precedida de um comentário do Louçã, que sinceramente na altura não compreendi. Mas caros amigos, algo tinha de ser feito face à politica actual
"Penso que esta atitude, foi
"Penso que esta atitude, foi tomada por uma maioria de elementos de direcção do BE"
Caro André Oliveira, a Direcção do BE, reunida no dia 5 de Fevereiro, Sábado, não foi ouvida, não discutiu nem votou a apresentação da Moção de Censura, conforme pode ver na Resolução final aprovada pela Maioria dos mesários.
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