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FMI quer mais despedimentos, cortes na Educação, nos salários e pensões
Despedir trabalhadores, cortar nos salários e pensões
No relatório divulgado esta segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que “o ajustamento orçamental deve continuar, com ênfase na racionalização da despesa através de uma reforma abrangente dos salários do setor público e das pensões”.
O FMI considera que "deve ser dada prioridade a uma maior redução do número de funcionários [públicos] através de uma maior saída natural de trabalhadores [pela não renovação de contratos] e de cortes direcionados para áreas com pessoal a mais".
O Fundo reforça ainda que "os mecanismos de saída [de funcionários públicos] também devem ser reforçados" e que "as medidas estruturais devem ter como objetivo limitar os aumentos salariais automáticos e a progressão na carreira de modo a gerar poupanças permanentes de cerca de 0,1% do PIB [Produto Interno Bruto] por ano".
A instituição liderada por Christine Lagarde defende também que as pensões devem depender da evolução da economia e que a suspensão das reformas antecipadas que foi levantada em 2015 "deve ser restituída para conter o aumento do número de reformados nos próximos anos".
Entre outras medidas, é sugerido no documento o aumento das contribuições dos funcionários públicos para a CGA e a aplicação do regime de horário de trabalho de 40 horas semanais “em todo o setor público, em particular nas autarquias locais".
O aumento do salário mínimo merece a oposição do FMI, que argumenta que o mesmo pode prejudicar a criação de emprego.
Educação: Menos escolas e menos professores
Reduzir ainda mais a despesa com Educação, cortar salários de professores, despedir profissionais, fechar escolas e apostar num novo sistema de ensino profissional para melhor responder às necessidades do setor privado. Esta é a receita do FMI para a Educação.
“O número total de estudantes no sistema educativo em Portugal caiu 2,4% entre 1998 e 2012 e a projeção é de que continue a decair. Espera-se que o número de estudantes no ensino primário diminua 13% até 2021 e mais 9% entre 2020 e 2030, com um declínio no número de estudantes do secundário. Em consequência desta evolução serão necessários futuros ajustamentos na rede de escolas e no número de professores, particularmente nas áreas rurais onde o declínio da população se processa a um ritmo muito mais acelerado”, lê-se no relatório do FMI.
O Fundo refere que as despesas do Estado em Educação “continuam acima da média europeia”, o que contraria os dados divulgados pelo próprio executivo PSD/CDS-PP, que assinalou que, em 2013, a despesa foi de 5,2% do PIB, uma percentagem abaixo da média europeia (5,5). O Governo liderado por Pedro Passos Coelho anunciou ainda uma redução para 4,7% já em 2020.
CGTP e UGT: Propostas dão continuidade à austeridade
Segundo o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, as propostas do FMI "não são nada de novo" e "apontam claramente para as mesmas políticas que foram aplicadas depois do Memorando da 'troika'".
"Vindo de quem vem não é de estranhar, mas é necessário pôr em causa essas posições e não lhes dar cobertura, como este Governo fez e continua a fazer", adiantou o líder da intersindical à agência Lusa.
Também o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu que estamos perante mais do mesmo.
"O FMI tem uma posição extremamente ideológica, pretendendo embaratecer o trabalho e retirar direitos e regalias laborais, o que levará os trabalhadores ao empobrecimento. A 'troika' saiu de Portugal em maio de 2014, mas o FMI volta à carga e nós temos de dizer não a esta cegueira", disse o dirigente sindical à Lusa.
Carlos Silva acusou o FMI de ser "uma máquina perversa de destruição dos direitos dos trabalhadores", sublinhando que “se Portugal e o seu Governo continuam manietados por uma organização que ataca os direitos dos trabalhadores, vai por mau caminho".
Comments
"Para a Educação, a receita é
"Para a Educação, a receita é menos escolas e menos professores."
Quer dizer que o FMI aconselha ao desinvestimento em escolas e professores agora, para se investir esse dinheiro em PRISÕES E GUARDAS PRISIONAIS NO FUTURO?
Menos escolas, mais prisoes
Eh isso mesmo. Menos escolas, mais prisoes...privatizadas.
"Despedimentos"??? Seria
"Despedimentos"??? Seria "demissões"?
Ajuste. Renúncia ao desenvolvimento
O FMI é sempre o mesmo . Suas receitas são sempre as mesmas: Sufocar o povo, causar desemprego, recuperar a economia causando maiores sofrimentos ao povo. Retomar a destruição dos Serviços públicos praticada pelos Governos dos dois Fernandos que foram os piores presidentes do Brasil. Revolta-me ver a presidente do FMI pregar o não investimento em educação como solução. è incrível como essa mulher possa recomendar o fechamento de escolas e a redução do setor público. Nã investir em escolas públicas é tirar as chances dos mais pobres. Agora eu acho engraçado ela sugerir isso quando o Pais dela , a França ter a educação toda baseada em ensino público, ea Universidade de Paris ser pública. Isso tudo só me faz confirmar a idéia que os 7 grandes nã querem sócio e tudo farão para barrar o crescimento do Brasil.
Graças ao Lula o Brasil se
Graças ao Lula o Brasil se livrou do famigerado FMI.
Seja o FMI, seja a sua
Seja o FMI, seja a sua presidente, a impostura mercenária / monetária, tem como ideal a sociedade das grandes fracturas socioeconómicas, com uma elite de alguns muitíssimo ricos, ausência quase total de classe média, e uma larguíssima de pobres e miseráveis. Chamo a isso genocídio social. E podem querer que mata de muitas e variadas formas. E o problema não está contido dentro das nossas fronteiras, pois sabemos todos que tem um carácter planetário. Numa qualquer "Arca de Noé" só haverá lugar para aquelas elites, e os seus mercenários, como a Sra. Lagarde. Paulo Figueiredo (monárquico, PSD verdadeiro)
Informação
Gostaria de receber o referido relatório do FMI.
Relatórios FMI sobre Portugal - Maio 2015
Bom dia, pode consultar aqui:
http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2015/cr15126.pdf
http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2015/cr15127.pdf
AS PENSÕES SÃO PATRIMÓNIO NACIONAL
Ao contrário dos outros países democráticos e ricos, este governo malvado é o único na Europa que não consagrou na Constituição a intocabilidade das Pensões de Reforma!
Sendo uma espécie de "depósito a longo prazo" que só rende para o Estado - que não paga juros aos seus donos/depositantes forçados durante décadas - as Pensões de Reforma são o mealheiro de quem trabalhou, descontou e se viu obrigado a entregar essas economias a uma instituição supostamente séria: precisamente o Estado!
Para cúmulo (redundando em mais lucros chorudos para os cofres públicos), muitos dos detentores legais desse pecúlio morrem ainda antes de poderem usufruir desse rendimento, que geralmente (com excepção de ladrões e de políticos) é recebido no fim da vida!
Há países (civilizados, democráticos...) onde a Constituição consagra como lei fundamental o direito à integridade das Pensões de Reforma! Nenhum político se atreve a pensar, sequer, em lhes tocar!
Ou seja, nenhuma organização europeia ou mundial (FMI e afins) tem o direito de exigir aos governos (representantes do seu Povo) que prejudique ou toque nessa figura legítima que é a Pensão de reforma dos cidadãos!
Em Portugal, ao menor sopro de vento logo se equaciona a possibilidade de assaltar a Segurança Social, que detém o valor de todas as nossas Pensões de Reforma.
E fazem isso com o maior despudor, quiçá pensando no apoio daqueles que não entendem o que é e como foi conseguida tal Pensão.
Não se trata de um favor do Estado, dos contribuintes!
Os Reformados e Pensionistas não "chulam" o erário público!
A única excepção, repito, são os "relvas" e quejandos, reformados por favor político, a destempo e sem merecimento!
Defender a Pensão de Reforma de cada um (actual e no futuro) é actuar de forma a que esses "depósitos" sejam bem geridos, e que a Segurança Social seja o baluarte e a segurança do que (obrigatoriamente) descontámos durante a vida activa!
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