You are here
Memórias: Guernica
Nesse dia, além dos seus 5 mil habitantes, Guernica encontrava-se cheia de refugiados/as doutras cidades próximas e de combatentes a caminho de Bilbau, principal cidade da região, para defendê-la dos ataques das tropas fascistas.
As sirenes tocaram, às 15h30, e a população desesperada procurou refúgio sabendo que se avizinhava um ataque. Após as sirenes, começou o primeiro ataque, sob as ordens do tenente coronel alemão, Wolfram von Richthofen, da Legião Condor.
Um avião Dornier alemão e 3 aviões Savoias italianos lançaram toneladas de bombas numa ponte da vila e na estação de comboio, atingindo casas e a igreja de São João. Pouco depois, 3 aviões He-111 alemães despejaram bombas na cidade.
Um novo e mais pesado bombardeamento, às 18h, foi levado a cabo por dezanove aviões Ju-52 alemães que lançaram bombas explosivas e incendiárias com o objetivo de dizimar toda a cidade.
Houve um quarto ataque, dessa vez com metralhadoras. A quantidade de fumo resultante dos bombardeamentos e do fogo propiciou a destruição. Morreram entre 150 e 300 bascos/as, tendo ficado feridas e mutiladas centenas de pessoas.
Os horrores desse ataque foram contados ao mundo por George Steer, jornalista do "The Time", que visitou a vila pouco após a sua destruição, e por Pablo Picasso no seu quadro "Guernica", onde colocou o sofrimento das vítimas inocentes da guerra.
Poucos edifícios ficaram de pé, em Guernica. Ficaram apenas intactos os prédios das Juntas (governo local) e a Árvore de Guernica: símbolo máximo da resistência e da sobrevivência do povo basco.
Após esse ataque, a guerra continuou e a efémera República Basca sucumbiu. Os líderes bascos foram para o exílio (os que tiveram sorte) e muitos foram presos, torturados e mortos, no período imediatamente posterior à Guerra Civil Espanhola.
A ditadura de Franco foi cruel para com bascos/as, catalães, galegos e espanhóis. Até 1976, milhares de pessoas foram torturadas, mortas, desaparecidas ou atiradas para valas comuns de modo a nunca serem identificadas.
Faz hoje 78 anos que Guernica foi bombardeada. Esse foi um dos períodos mais terríveis da história moderna - prenúncio da II Guerra Mundial - onde se cometeram imensos horrores, que jamais serão esquecidos.
Guernica constitui hoje um importante pólo da cultura basca. No Museu da Paz (Gernikako Bakearen Museoa) encontram-se as marcas da guerra preservadas para que permaneçam na memória da população e dos/as visitantes.
Artigo de António José André, para esquerda.net
Comments
Numero real de muertos en Gernika
Las cifras dadas por el Gobierno Vasco y por los periodistas internacionales presentes en la villa de Gernika hablan siempre de más de 1.000 muertos. Los datos que afirman que fueron entre 150 y 300 son datos de los "revisionistas" en muchos casos herederos de los que en 1937 negaron que los fascistas bombardearan Gernika.
"Bombardeo de Gernika: Contra las mentiras, más verdad"
Cronica de Noel Monks, corresponsal del Daily Express
“Volví al pueblo ennegrecido al amanecer. Las llamas se habían apagado pero las ruinas ardían lentamente. Vi más de ochocientos cadáveres. Otros trescientos cadáveres no eran reconocibles como tales porque no eran cuerpos, eran solo manos, piernas, brazos, cabezas y pedazos de carne humana. Muchos cuerpos tenían heridas de bala, balas de las ametralladoras de los aviones”.
http://aboutbasquecountry.eus/2012/04/29/el-bombardeo-de-gernika-contra-...
Conferencia de Xabier de Irujo
"Ni el Lehendakari Aguirre, ni Leizaola ni Irala eran mentirosos. Ellos dijeron que en ese bombardeo hubo 1.654 muertos y nadie ha sido capaz de rebatir esos datos."
http://aboutbasquecountry.eus/2013/06/20/verdades-sobre-el-bombardeo-de-...
Add new comment