You are here
Governo acelera privatizações
O Governo está a acelerar o processo de privatizações, de forma a conseguir alienar um conjunto de empresas do setor público de transportes, até ao fim do seu mandato.
TAP: Governo quer escolher comprador até ao fim do primeiro semestre
Sete investidores pediram ao Governo informação confidencial sobre a TAP para poderem concorrer à privatização da empresa. Segundo o “Público”, nesses sete encontram-se as companhias de aviação brasileiras Azul e Gol, Gérman Efromovich, Miguel Pais do Amaral, a Air Europa detida pelos espanhóis da Globalia e ainda fundos de investimento.
Os candidatos à compra deverão apresentar as suas propostas até 15 de maio e o Governo quer escolher o comprador até final de junho. Segundo o “Observador”, a formalização do negócio deverá decorrer depois de junho, aproximando o processo das eleições legislativas.
O Governo de Passos Coelho e Paulo Portas quer privatizar todas as empresas do grupo TAP, prevendo, segundo o “Público”, a venda de 66% do capital numa primeira fase e os restantes 34% no período de dois anos.
Governo quer avançar este mês com privatização de CP Carga, Emef e Carristur
Uma fonte do ministério da Economia, citada pelo “Público”, diz que a aprovação do decreto-lei de privatização da CP Carga e da Emef deverá ocorrer até final de março e ambas deverão ser privatizadas a 100%. Os assessores financeiro e jurídico escolhidos pelo governo para estas privatizações são o Banco Big e a SRS Advogados, respetivamente.
Sobre estas duas empresas, o Governo espera que a Comissão Europeia (CE) não se oponha à venda, uma vez que a CE pediu informações do processo visto que a CP Carga e a Emef são deficitárias e pretendia avaliar se as duas empresas não deveriam ser liquidadas em vez de privatizadas.
Quanto à CarrisTur - a lucrativa empresa de autocarros de turismo da Carris - o Governo pretende privatizá-la até final de julho.
Concessão a privados de Carris, Metro de Lisboa, Metro do Porto e STCP
O Governo pretende também conceder a Carris Metro a privados nas próximas semanas e concluir o processo até final de julho. No mesmo prazo, o Governo pretende igualmente conceder a privados a Metro do Porto e a STCP.
Os responsáveis por todos estes dossiês de privatização dos transportes são o ministro da Economia, Pires de Lima, e o secretário de Estado das Obras Públicas e Transportes, Sérgio Monteiro.
Concerto Não TAP os olhos no Coliseu de Lisboa
O movimento “Não TAP os olhos” que se opõe à privatização da TAP, promove nesta quarta-feira, 18 de março, às 21h no Coliseu de Lisboa um concerto, que terá apresentação de Rita Blanco e em que participarão Jorge Palma, Katia Guerreiro, Sérgio Godinho, OqueStrada, Carlos Mendes e Rodrigo. Os bilhetes podem ser adquiridos aqui.
Comments
Espero que não demorem muito tempo
Espero que consigam nacionalizar a TAP o mais rapidamente possível, já chega de sugarem tantos dos meus impostos em monstros que dão prejuízos e tem alternativas mais baratas.
Não percebo como querem que seja tudo nacionalizado quando há provas que as empresas quando são do estado trabalham pior e quando conseguem bons resultados são obrigadas a distribuir o lucro pelos trabalhadores obrigando a empresa a não investir em novas formas de obtenção de lucro como no caso da TAP. Se continuar a ser do estado teremos uma empresa velha sem aviões novos e os velhos a cair... Tenham bom senso e parem de desbaratar os meus impostos.
Espero que não demorem muito tempo, para acordar
Existe um sonho que se passa de que as empresas privadas são mais eficientes e fazem a vida de todos melhorarem. No início a eficiência aparece e todos sorriem, mas na sequência a visão dos acionistas fala mais alto e custos são cortados. No caso específico de transporte aéreo a injeção de dinheiro da privatização faz com que novas aeronaves apareçam e atraia mais passageiros. Na sequência acontecem demissões, terceirizações, extinção de cargos estratégicos, redução drástica da equipe de manutenção, pressões sobre as agências de viagem. As rotas de pouco retorno são extintas e entram para conexões ruins que acabam prejudicando o turismo e inviabilizando a manutenção de cidades pequenas. A nova rodada de investimentos será feita pelos parceiros estratégicos estrangeiros que irão servir a interesses dessas nações. Ou o pais cede a esses interesses, ou a empresa é fechada. Aconteceu no Uruguai, no Chile, no Paraguai, na Bolívia, na Colômbia...Aconteceu na Suiça, na Bélgica, Espanha... No Brasil, TAM, Gol e Azul dominam 95% do mercado e são ligados a parceiros estratégicos da Airbus/Lan Chile; Boeing/AIG e JetBlue/Airbus-Embraer. Fecharam o HUB do Rio de Janeiro, ajudando o Brasil a ser deficitário nas transações econômicas da conta TURISMO. A participação das empresas brasileiras caiu a metade em uma década. As estrangeiras ocupam diretamente 60% do mercado.
Add new comment