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“Os trabalhadores da TAP estão a defender os interesses do país”
Contrariando o “discurso muito agressivo” do Governo PSD/CDS-PP, que acusa os trabalhadores de promover um ataque contra os interesses do país e, nomeadamente, pôr em causa os emigrantes que querem vir passar o natal e o turismo em Portugal, a porta voz da Comissão Permanente do Bloco de Esquerda defendeu que esta é uma “greve responsável em nome do país”
“O que os trabalhadores nos vieram dizer, e o Bloco de Esquerda acompanha-os, é que, de facto, esta greve, sendo marcada contra a privatização da TAP, é, precisamente, uma greve para defender quem quer vir passar o Natal e o turismo no nosso país”, avançou Catarina Martins.
"O que o Governo quer é privatizar a TAP e, com isso, vai pôr em causa o turismo, poder-se vir a casa passar o Natal não este ano, mas em todos os anos", reforçou a dirigente bloquista, frisando que “nós sabemos o que aconteceu com companhias aéreas que foram privatizadas e que perderam as rotas de longo curso para os seus aeroportos”, tendo o turismo sido desviado para outras capitais.
Segundo Catarina Martins, “os trabalhadores da TAP estão a defender os interesses do país”, e, "a melhor forma de defender o país, de evitar problemas neste Natal e noutros, é o Governo desistir da privatização".
"Basta abandonar a privatização e temos a certeza de que este Natal os voos decorrerão com normalidade e de que, nos anos seguintes, também continuarão a acontecer com normalidade", referiu.
“Esta é uma luta essencial”, destacou a porta voz da Comissão Permanente do Bloco, afirmando que “os portugueses sabem hoje, com o que aconteceu com a PT, com a Cimpor, que não há promessa nenhuma sobre os processos de privatização que garanta, de facto, o interesse nacional”.
“Se a privatização for para a frente, os próximos natais todos estarão em causa, e é por isso que a luta contra a privatização é a luta que defende o serviço aéreo”, rematou.
Comments
outra solução
Ah, então a única maneira de os trabalhadores da TAP, empresa com prejuízo, defenderem os seus interesses e os do país é fazerem greve durante uns dias de elevada procura, prejudicando a empresa e os utentes, e não prevenindo coisa nenhuma?
mas que falta de imaginação....
Tenho uma solução melhor, disponham-se a fazer o seguinte:
- enquanto a empresa for pública, esforcem-se por ser eficazes, eficientes e ter a empresa a funcionar sem prejuízo
- se a empresa for privatizada, façam greve TODOS os dias até as entidades envolvidas na privatização reverterem a transacção, impeçam a empresa de funcionar recusando-se a trabalhar colectivamente, mas não destruam material (a ideia é a coisa ser reversível)
aumentando o custo da privatização desincentiva-se o processo. As empresas podem substituir ou intimidar facilmente um pequeno grupo de trabalhadores, mas não podem fazer grande coisa contra o colectivo coeso da maioria dos trabalhadores.
O meu conselho é: Não deixem
O meu conselho é: Não deixem para amanhã o que podem fazer hoje, porque aí já vai ser tarde de mais. Toda a solidariedade com os trabalhadores que lutam pelo que é nosso. Se a TAP for privatizada, muitos emigrantes já não virão nos próximos natais pela TAP, porque as linhas menos rentáveis vão fechar. Os que vierem passar o Natal vão pagar mais por voos de outras companhias e com mais escalas para cá chegar e voltar ao país onde trabalham.
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