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Loures e Odivelas restringem acesso à água a quem tem contas em atraso
Os serviços municipalizados de água de Loures e Odivelas estão a instalar restritores de caudal de água a quem tem contas em atraso, refere uma reportagem da RTP 1 (veja aqui).
Filipe Varges da divisão de exploração de águas de Loures/Odivelas disse à reportagem da RTP que o restritor de caudal “a funcionar continuamente, permitirá encher uma banheira em 24 horas”.
Filipe Varges sublinha que o restritor “não permitirá um esquentador ou uma máquina de lavar”.
Este restritor de caudal está já instalado numa centena de habitações num bairro municipal e, “nas próximas semanas o projeto vai ser estendido a 1.700 casas dos concelhos de Loures e Odivelas”.
A reportagem da RTP sublinha que “o direito à água e ao saneamento básico é um direito fundamental, consagrado pelas Nações Unidas”. Será que o direito à água de uma família estará minimamente garantido com o acesso a apenas o equivalente a uma “banheira em 24 horas”, como está a impor o restritor dos concelhos de Loures e Odivelas?
O presidente dos serviços de águas e resíduos dos concelhos de Loures e Odivelas é Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures e antigo líder parlamentar do PCP.
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Na elaboração desta notícia
Na elaboração desta notícia deviam ter contacto os eleitos do Bloco nestes dois municípios e teriam percebido que esta medida que agora está a ser implantada vem substituir a pratica anterior, o corte puro e simples do fornecimento. É mesmo pelo facto de a água ser um direito humano que se avançou com esta experiência piloto.
Aliás, uma medida que o localmente o próprio BE advoga há muito, como se pode ler neste excerto de um projecto de resolução apresentado em 2012: "Que, em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e tendo em conta a atual crise económica, estabeleça um mínimo vital gratuito de 50 litros de água por pessoa por dia para o consumo doméstico, obrigando serviço de água a prestá-lo, nos casos de comprovadas dificuldades financeiras".
restritores de caudal
O restritor permite - efetivamente - o acesso à água como bem essencial e direito básico. Dá para tudo? Não. Mas ainda assim é um grande passo. Queríamos mais, todos? Claro. Mas, se cada passo for tratado, ele mesmo, como um objetivo a caminho do objetivo maior é, sem dúvida, estar a caminho.
Queria ainda dizer, que a água não sendo cortada, não será "reaberta", não somando custos para o consumidor.
Eu, munícipe de Odivelas e membro do Núcleo de Odivelas da Água Pública, estou satisfeita com o caminho percorrido e a direção para que aponta.
O deputado municipal do Bloco
O deputado municipal do Bloco, Carlos Gonçalves, esclarece precisamente a posição do Bloco e a sua diferença com a proposta da Câmara:
http://loures.bloco.org/restritores/nem-cortes-nem-restritores/1346
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