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Nacionalização da PT: “PCP e Bloco têm razão”, diz Freitas do Amaral

O fundador do CDS defendeu esta quarta-feira que a melhor solução para a PT será o Estado assumir o controlo da empresa através de uma nacionalização parcial.
Diogo Freitas do Amaral na entrevista à RTP Informação esta quarta-feira.

Em entrevista à RTP Informação, Diogo Freitas do Amaral defendeu que é preciso parar a desvalorização da Portugal Telecom. O fundador do CDS lembrou as duas soluções previstas na Constituição e na lei: o Estado assumir a gestão provisória da empresa, uma hipótese que afastou - “não sei se isso ajudaria a parar a descida do valor das ações”, referiu - e a nacionalização da empresa, já proposta pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP.

“Deixar que aquilo seja vendido ao desbarato a um grupo estrangeiro que nem sequer é especialista em telecomunicações, acho que é muito grave para o nosso país”, concluiu Freitas do Amaral, lembrando que “como as ações estão muito baratas, não será muito caro” para o Estado assumir uma fatia que lhe dê controlo da gestão da Portugal Telecom.

“Em 1974, 1976, 1980, era proibido a qualquer pessoa que não fosse desse setor dizer que eles tinham razão. Eu acho que eles têm razão”, afirmou Freitas do Amaral. Com uma diferença: “Ao contrário do que diz o PCP e o Bloco, não acho que fosse preciso nacionalizar 51%. Basta 33,4%. A partir dos 33,4%, [o Estado] tem o controlo, tem o direito de veto sobre alterações estatutárias e pode mudar completamente o rumo da empresa”, defendeu o fundador do CDS que foi ministro dos governos de Sá Carneiro, Pinto Balsemão e José Sócrates.

“Deixar que aquilo seja vendido ao desbarato a um grupo estrangeiro que nem sequer é especialista em telecomunicações, acho que é muito grave para o nosso país”, concluiu Freitas do Amaral, lembrando que “como as ações estão muito baratas, não será muito caro” para o Estado assumir uma fatia que lhe dê controlo da gestão da Portugal Telecom.

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