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"Passos deve esclarecer de uma vez por todas relação com Tecnoforma"

João Semedo diz que a "nebulosa" criada por Passos Coelho sobre o caso Tecnoforma não é compatível com o cargo de primeiro-ministro. Esta quinta-feira o Bloco leva ao parlamento a proposta de aumento imediato do salário mínimo nacional.
João Semedo diz que é o próprio Passos Coelho que deve esclarecer a "nebulosa" criada em torno da sua relação com a Tecnoforma

As contradições sobre o regime de exclusividade a que Passos Coelho estaria vinculado no seu mandato de deputado entre 1995 e 1999 exigem um esclarecimento do primeiro-ministro, defendeu o coordenador do Bloco de Esquerda esta terça-feira.

“Em 1999, o então ex-deputado Pedro Passos Coelho requereu o subsídio de reintegração, invocando ter estado em exclusividade nos anos em que esteve em que esteve na Assembleia da República como deputado”, explicou Semedo à agência Lusa, questionando em seguida “como pode a AR dizer que não esteve quando é o próprio a dizer que esteve. Essa é outra questão que tem de se esclarecer”.

“Esta nebulosa compromete a função que o primeiro-ministro exerce, o seu prestígio, credibilidade, seriedade, honorabilidade. Isso não é compatível com o cargo de primeiro-ministro, que tem todo o interesse em esclarecer a situação. É isso que exigimos que, de uma vez por todas, o primeiro-ministro faça”, exigiu João Semedo na conferência de imprensa em que anunciou a proposta bloquista sobre o salário mínimo, que irá a votos esta quinta-feira no plenário parlamentar.

AR discute proposta do Bloco para aumentar salário mínimo

Portugal tem o salário mínimo mais baixo dos países da zona euro e não é atualizado há quatro anos, pelo que o Bloco irá defender no parlamento que o seu aumento não pode estar "refém destes joguinhos eleitorais"

O Bloco irá propor o aumento imediato do salário mínimo nacional para 545 e o seu progressivo aumento para 600 euros até 2016. “Há muitos meses que o primeiro-ministro tem falado na atualização. É altura de tomar a decisão", defendeu Semedo, criticando o Governo pelo seu “joguinho eleitoral de ir prometendo e sucessivamente adiando o problema da atualização do salário mínimo”.

“Por este andar o salário mínimo será atualizado na véspera das eleições. E isso nós não aceitaremos porque, em nome da dignidade é urgente aumentá-lo”, sublinhou o coordenador bloquista após um encontro no Porto com o Sindicato dos Profissionais da Indústria e Comércio de Vestuário.

Portugal tem o salário mínimo mais baixo dos países da zona euro e não é atualizado há quatro anos, pelo que o Bloco irá defender no parlamento que o seu aumento não pode estar "refém destes joguinhos eleitorais" que estão a protelar a decisão que se impõe tomar para defender os rendimentos dos trabalhadores com baixos salários.

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