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NYT: Empréstimos duvidosos feitos pelo BES Angola foram para o Novo Banco
Num artigo publicado no The New York Times, é referido que “investidores de fundos de alto risco, furiosos por verem as suas participações no Banco Espírito Santo reduzidas a zero, estão a ponderar avançar com uma ação legal contra os reguladores portugueses”.
“De acordo com banqueiros e advogados envolvidos na iniciativa, os fundos incluem o Third Point, fundado por Daniel Loeb, e o GLG, em Londres, e grupos mais pequenos especializados em obrigações problemáticas, tais como Aurelius, Golden Tree e VR Global”, avança a publicação, acrescentando que “entre os maiores investidores que sofreram perdas encontram-se o EJF Capital, um fundo sediado em Arlington, Virgínia., e a unidade de gestão de ativos com sede em Londres do BTG Pactual, o banco de investimento brasileiro”.
Sublinhando que “os títulos em causa constituíam uma variedade especialmente arriscada de dívida júnior que o BES emitiu no ano passado”, e que passaram agora para o banco mau, o correspondente de Economia e Finanças do NYT, Landon Thomas Jr., afirma que “este episódio realça até que ponto as taxas de juros baixíssimos nos Estados Unidos levaram muitos investidores a fazerem apostas arriscadas em títulos de alto rendimento de bancos e do governo em Portugal e na Grécia”.
“Durante mais de um ano, estes investimentos obtiveram altos rendimentos. Mas à medida que surgiam dúvidas sobre a capacidade de crescimento da Europa e a capacidade dos bancos para suportar um número crescente de maus empréstimos, estas obrigações e ações altamente rentáveis inverteram a sua direção”, esclarece o jornalista.
No seu artigo, Landon Thomas Jr. assinala ainda que “o grupo de investidores afirma que alguns empréstimos duvidosos concedidos pela subsidiária bancária do BES em Angola, o Banco Espírito Santo Angola (BESA), foram para o banco bom e não para o banco mau, onde pertenciam”.
“Eles alegam que este conjunto de cerca de 3,3 mil milhões de euros em empréstimos duvidosos vai melhorar o seu valor ao longo do tempo porque os credores incluem membros poderosos da elite política e económica angolana. E dizem que os reguladores portugueses encaminharam estes ativos para o banco bom por forma a aumentar o seu valor – assumindo que os empréstimos vão crescer em valor”, avança o correspondente do NYT.
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Boa sorte com a acção legal
Boa sorte com a acção legal que pretendem, principalmente se ficar provada acção criminosa (quer alguém depois seja julgado culpado ou não) vão ter uma sorte tremenda (mesmo não ficando provado as hipóteses de terem alguma sorte é pior que jogar no euromilhões).
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