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Perdas provocadas pelo GES podem chegar a 5% do PIB
O alerta é de Francisco Louçã no seu comentário semanal na SIC Notícias. Com o desmoronamento do Grupo Espírito Santo, as perdas de quem emprestou dinheiro à família Espírito Santo podem chegar a 5 mil milhões de euros, o que provocará um efeito recessivo de grande porte na economia portuguesa. Louçã citou a PT, que emprestou 900 milhões a uma empresa do Grupo, a CGD, Américo Amorim e outras empresas que são credoras da holding da família. O professor de economia e dirigente do Bloco de Esquerda chamou ainda a atenção para o facto de o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ter afirmado que se Ricardo Salgado tivesse a intenção de voltar a ocupar qualquer outro cargo de gestão financeira, não o poderia fazer, porque não lhe seria reconhecida a idoneidade necessária.
Aumento de capital de dois mil milhões?
Entretanto, apesar de o governo e o Banco de Portugal continuarem a assegurar que o Estado não precisa de intervencionar o BES, já admitem a necessidade de um aumento de capital, esperando que ele seja privado.
O Expresso adianta que o plano é um aumento de capital privado, em ações preferenciais, de dois mil milhões e que os prejuízos do BES podem ter ultrapassado os mil milhões nos primeiros seis meses deste ano.
Na audição sexta-feira na Assembleia da República, Carlos Costa considerou desejável que "o BES tenha uma nova estrutura acionista o mais depressa possível" e admitiu que o supervisor foi penalizado pelo que se passa no BES, já que "ninguém gosta de reconhecer que esteve a trabalhar com informação errada".
"Pára-quedistas a saltar em cima dos bancos"
Carlos Costa começou a ensaiar argumentos semelhantes aos que Vítor Constâncio tinha usado no caso BPN, dizendo que o Banco de Portugal não tem "pára-quedistas a saltar em cima dos bancos". "Se a contabilidade estiver errada, e o risco estiver lá, será difícil ao BdP detetar os problemas, pois trabalha na base da confiança de que os números que lhe são fornecidos são os corretos", disse.
A imprensa económica tem feito eco de informações de que Carlos Costa estará em contacto com o grupo espanhol Santander para que este assuma o controlo do banco, detido em 20% pela família Espírito Santo. O banco da família Botin passaria assim a controlar cerca de 30% do sector bancário português.
Comments
Nem pensem nacionalizar!
Prezo muito Francisco Louçã e a sua coerência intelectual, mas admitamos que foi um erro crasso nacionalizar o BPN. Faço um repto veemente ao BE que nem ouse mencionar a palavra nacionalização deste banco, pois já sabemos, que depois de sanadas as suas finanças e da separação tóxica dos ativos "bons", como foi feito no BPN, será novamente para ser vendido a um privado. Os contribuintes não devem ser os purgantes dos desastres do sistema financeiro. O PCP e o BE, ao aflorarem a questão da nacionalização, estão apenas a fazer um favor aos acionistas do grupo, que verão os seus investimentos resgatados pelo Estado, à custa do erário público. Rogo ao BE, para que não aborde a opção da nacionalização de qualquer empresa do grupo BES/GES, em defesa do interesse nacional.
CRISE DO BES.... história imperdoável.... e financiada por todos
http://vimeo.com/41769904
os portugueses pagarão pelo BES igual que o BPN
Com ou sem a opinião do BE (quando ouviu o governo ao BE?) os portugueses terminarão pagando mais um robo. O Sr. Salgado continuará ele muito elegantemente gozando do dinheiro roubado ao seu banco, e nem um dia de prisão levará. Se calhar numa ilha grega para no dar muito nas vistas. Já tem a seguridade de contar com a caução desse mandado chamado Cavaco Silva, que corre a dizer que está tudo na boa. Pais de bananas somos, sem Banco Central, sem Justiça, sem Presidente. E claro, o povo ele, calado e sumisso. Levanten-se portugueses!!
Prezo bastante o esquerda.net
Prezo bastante o esquerda.net, mas por favor, exige-se um pouco mais de cuidado na escrita, quem escreveu este artigo deve tomar mais atenção à utilização dos tempos verbais e artigos nas frases, exemplo, a última frase do ultimo parágrafo.
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