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Vítor Gaspar ganha 23 mil euros/mês livres de impostos no FMI

O ex-ministro das Finanças do Governo de Passos Coelho, conhecido como quarto elemento da troika, irá auferir entre 207 e 280 mil euros por ano isentos de impostos como diretor dos Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional.
Gaspar terá a regalia de estar livre de impostos pelo facto do seu posto de trabalho usufruir do estatuto diplomático.

O ex-ministro das Finanças vai receber cerca de 23 mil euros por mês isentos de impostos como diretor dos Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional.

O quarto elemento da troika, alcunha que Vítor Gaspar ganhou durante o seu mandato no Governo, apresentou a sua demissão a Passos Coelho em julho do ano passado, regressando ao seu posto de trabalho no Banco de Portugal. Numa fase seguinte, candidatou-se a um alto cargo no FMI.

Aquando da nomeação de Gaspar como diretor dos Assuntos Orçamentais, a Diretora-Geral do FMI, Christina Lagarde, sublinhou que o ex-ministro “traz com ele credenciais de gestão impressionantes e um registo formidável de experiência em política pública ao nível europeu e nacional”.

Conhecido por ser um firme defensor das políticas de austeridade, dos cortes nos salários e pensões e responsável pelo maior aumento de impostos, Gaspar verá, num espaço de um ano, o seu rendimento mais que duplicar. Se como ministro o seu rendimento anual não chegava aos 100 mil euros anuais, o agora diretor do FMI ganhará entre 207 e 280 mil euros ano.

Gaspar terá a regalia de estar livre de impostos pelo facto do seu posto de trabalho usufruir do estatuto diplomático, baseado no artigo 34 da Convenção de Viena que dita que “um agente diplomático deve ficar isento de todos os impostos e taxas”.

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