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Reforma laboral “destrói” a economia

O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, disse este sábado que as medidas anunciadas pelo Governo em matéria de reforma laboral, nomeadamente “o fundo para facilitar os despedimentos”, vão “destruir a economia nacional”.
Um dos exemplos de desigualdade social, denunciou Francisco Louçã, é “a distribuição à pressa, já a seguir ao Natal, de dividendos por parte da Portucel e da PT para não pagarem impostos”. Foto Paulete Matos.

“A redução dos salários dos trabalhadores é que vai pagar hoje a indemnização do seu despedimento de amanhã, e isso é destruidor da economia nacional”, afirmou Francisco Louçã, que, na conferência de imprensa, mostrou um pequeno vídeo do último debate parlamentar onde o primeiro-ministro diz que não vão haver despedimentos.

Para o Louçã, “quando o primeiro-ministro anuncia que pode ainda vir a tomar medidas suplementares, percebe-se que a solução da economia do medo, do abismo e do desemprego é uma destruição da resposta que o país precisa”.

 “O Governo anunciou um fundo para facilitar os despedimentos e agora sabemos que esses fundos vêm dos salários e falou também dos 600 desempregados na CP, mas nós sabemos que podem chegar aos 971, um dos maiores despedimentos colectivos numa empresa pública, por isso as medidas do governo ainda estão por esclarecer”, disse.

Um dos exemplos de desigualdade social, denunciou Francisco Louçã, é “a distribuição à pressa, já a seguir ao Natal, de dividendos por parte da Portucel e da PT para não pagarem impostos” e as centenas de despedimentos na CP.

Caso o Governo tome mais medidas para combater a crise económica e financeira, para o Bloco isso significa que o executivo “vê o ano de 2011 como um epidemia de desemprego, um ataque a direitos fundamentais e como uma desistência de criar emprego”, segundo afirmou Louçã.
 

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