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Coreia do Norte: Líder manda executar o tio
A Coreia do Norte confirmou na segunda-feira (9 de dezembro) a destituição de Jang sob acusações como "consumir drogas e esbanjar dinheiro nos casinos". A agência estatal confirmou que ele foi executado nesta quinta-feira, 12 de dezembro, pouco depois de ter sido condenado por um tribunal militar especial.
"O acusado Jang concentrou um poder inadequado e formou uma fação como chefe do que foi um grupo opositor durante muito tempo", disse a KCNA num comunicado intitulado "O traidor Jang Song-thaek executado".
A nota assegura ainda que o ex-vice-presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa tentou derrubar o Estado.
"O tribunal examinou os crimes de Jang. Ficou provado durante as vistas que todos foram cometidos pelo acusado que reconheceu a sua culpabilidade", relatou a KCNA.
A destituição de Jang aconteceu no domingo passado em reunião do Bureau Político do Comité Central do Partido dos Trabalhadores presidido por Kim Jong-un, depois da purga ter sido revelada uma semana antes pelos serviços secretos da Coreia do Sul.
Os meios estatais de Pyongyang ofereceram as imagens da sua detenção e deram todo o tipo de detalhes sobre as duras acusações que recaíram sobre ele, naquele que foi uma purga pública sem precedentes para um personagem tão poderoso no hermético governo norte-coreano.
Jang Song-thaek era casado com Kim Kyong-hui, a irmã de Kim Jong-il, pai do atual líder, e era considerado figura-chave no processo de consolidação no poder do jovem Kim Jong-un, desde o falecimento do ditador anterior há dois anos.
Artigo publicado por Opera Mundi
Comments
Um regime execrável.
Um regime execrável. Estalinismo puro, fora do tempo. Como, em pleno sec. XXI, se podem executar, ainda, pessoas por motivos políticos? Considero-me marxista, mas o marxismo é o cume do pensamento ocidental (ler o, injustamente esquecido, ensaio de Jorge de Sena sobre a matéria - se não estou em erro publicado em "Pregrinatio in Locta Infecta"),não a barbárie. É absolutamente indispensável que o Bloco não se limite a dar a notícia. Deve manifestar, sem tibiezas, a sua oposição a este tipo de regime político. É que estes comportamentos são susceptíveis de apropriação pela direita (e não só a mais reaccionária)no seu combate contra as forças de esquerda que lutam por um sistema político diferente do capitalismo, mais justo e mais humano.
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