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A Avenida da Liberdade pela Paz
Amanhã, o Bloco reforça a sua campanha contra a NATO com um concerto e comício em Lisboa, às 21h no Largo Camões. No sábado, seremos milhares na grande manifestação unitária da Avenida da Liberdade, promovida por sindicatos, partidos e outras organizações sociais.
A Avenida é muito simbólica e o melhor local para esta iniciativa. Foi na Avenida que se decidiu a República, foi também na Avenida que se fizeram das primeiras mobilizações do dia 25 de Abril, é sempre na Avenida que se comemoram os dias grandes da democracia. E é na Avenida da Liberdade que estará a resposta aos senhores da guerra reunidos na cimeira da NATO. Na forma e no conteúdo, uma resposta contra o belicismo e a declaração de guerra contra o mundo preparada pelos estrategas da NATO quando definem uma aliança promotora do colonialismo e da agressão.
A catástrofe humanitária que se viveu na ex-Jugoslávia ou que se vive no Afeganistão, no Iraque ou na Faixa de Gaza, demonstram como a guerra é a pior das políticas. A presença de tropas portuguesas num destes cenários de horror, o do Afeganistão, só acentua a responsabilidade do movimento da paz, entre nós, para conseguir parar o ciclo de choque e pavor. De todas essas razões se faz a manifestação de sábado.
Também não pode passar despercebida a gigantesca campanha ideológica que tem sido desencadeada no país para branquear os responsáveis da NATO e para legitimar as suas conclusões anunciadas. Ao mesmo tempo, esta campanha procura desautorizar o direito de manifestação e amedrontar os trabalhadores, porque estamos na véspera de uma greve geral. Por tudo isto, os responsáveis da manifestação agem com toda a clareza, recusando provocações e afirmando o carácter pacífico, demonstrativo e enérgico de uma manifestação democrática como é o movimento popular em Portugal. Essa mobilização não convive com grupos como os Black Bloc, que têm sido instrumentos para atacar o direito de manifestação e para promover a sua criminalização. A Liberdade, na nossa Avenida, não vive de cara tapada e convida toda a gente a mostrar a sua opinião, porque a democracia é a força do povo contra a guerra.
Essa defesa da liberdade e responsabilidade de opinião é a que me leva também a lembrar ao governo que, quando houve uma manifestação em Espanha em que deputados portugueses quiseram participar, e fomos impedidos de passar na fronteira, houve um voto unânime do Parlamento português, redigido e proposto então pelo presidente Mota Amaral, condenando as restrições assim impostas. Não se pode em nenhum caso aceitar que uma pessoa seja impedida de entrar num país europeu por motivo da sua opinião. A democracia mobilizada contra a guerra é também a defesa da democracia.
Comments
Gostei muito do artigo,
Gostei muito do artigo, Francisco, mas acabas por cometer um erro que muitos jornalistas cometeram: o black bloc não é um grupo. É uma táctica de manifestação. Infelizmente esta táctica tem sido denegrida pela generalidade da imprensa, com a ajuda de provocadores infiltrados da polícia. E todos sabemos que os há quando é útil ao sistema.
Muito bem LOUÇÃ... Lá
Muito bem LOUÇÃ...
Lá estaremos contigo para protestar contra a guerra
Um abraço
Carlos Neves
Só tenho que concordar com o
Só tenho que concordar com o Rodrigo. Na grande maioria das grandes manifestações são os infiltrados da polícia os que nos dão aquelas imagens de destruição.
Existem sempre muitas coincidências, como câmaras de filmar sempre à mão para mostrar os mauzões que eles são, o que serve para subverter a justificação das próprias manifs. Estão sempre bem identificáveis, mas não identificados, de cara tapada - não vá acontecer levar com uma bala de um colega do outro lado da barricada ou serem reconhecidos como polícias.Por manif, só vejo um par deles serem apanhados, os outros devem ir trocar de roupa e voltam para engordar as fileiras da polícia.
Como disse o Rodrigo, isto tem uma grande utilidade para o sistema. Pois sob a justificação e pretexto de actos violentos de uma pequena fracção dos manifestantes, o sistema ganha a legitimidade necessária para dar porrada e acabar com a manifestação se for preciso. De facto, muito, muito conveniente.
Bravo Camarada Louçã, lá
Bravo Camarada Louçã, lá estaremos para pacíficamente expressarmos a nossa oposição, a uma organização belicista, desprovida de qualquer significado e justificação no presente quadro mundial, que não seja o de servir os interesses armamentistas da poderosa Indústra dos senhores da guerra!!!...
Faço minhas as palavras do
Faço minhas as palavras do Rodrigo Rivera.
Boa tarde a todos. Sr. Dr.
Boa tarde a todos.
Sr. Dr. Francisco Louçã:
Não me parece próprio comentar este artigo que fez o favor de me enviar nesta página.
Como tal vou encaminhar o meu comentário pela via habitual.
Para mudar de assuto:
OE para 2011 aprovado.
Devemos estar contentes pois, pela 1ª vêz na história recente de Portugal demos um grande passo em frente!
Só que... o PS e o PSD não repararam no terreno...!
Estavamos À BEIRA DE UM PRECIPÍCIO...
Se nao fosse uma situação tão séria diria que isto parece mais os desenhos animados do bip.bip e do lobo.
Saudações de
Armando Costa.
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