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Derrota da direita foi brutal e generalizada
Na intervenção já de madrugada na noite eleitoral do Bloco de Esquerda, e quando ainda não estavam apurados dados fundamentais, como os resultados de Lisboa e do Porto, João Semedo assumiu a derrota de Salvaterra de Magos e a vitória da coligação liderada por Paulo Cafôfo, que o Bloco apoiou no Funchal, como os resultados pelos quais tinha de responder, bem como a eleição do vereador de Lisboa, que ainda continuava incerto.
Semedo remeteu para o momento em que a apuração esteja terminada um balanço final dos resultados do Bloco de Esquerda, destacando que ao lado da derrota de Salvaterra há resultados positivos, como a eleição de vereadores em câmaras onde antes o Bloco não estava representado na vereação, como Torres Novas, com a eleição de Helena Pinto, e Portimão, com a eleição de João Vasconcelos.
Derrota da política da austeridade
Quanto aos resultados dos partidos do governo, o coordenador do Bloco sublinhou que a derrota da direita foi brutal e generalizada, e que não dependeu deste ou daquele candidato: “Foi a derrota da política da austeridade e do memorando da troika”, disse. E acrescentou que há resultados que acrescentam instabilidade à coligação PSD-CDS, nomeadamente o do Porto, onde Rui Moreira, independente apoiado pelo CDS, derrotou Luis Filipe Menezes do PSD, que acabou em terceiro lugar.
“Este governo sai da eleições com dois apoios: o do Presidente da República e o da troika, a quem se agarra como um náufrago a uma tábua de salvação”, disse Semedo, prometendo que amanhã o Bloco lá estará a combater a política da austeridade e da troika. E concluiu desafiando o PS a rejeitar claramente o anunciado segundo resgate e a proposta que o acompanhará de um governo de salvação nacional.
Comments
O BE deve aproveitar para
O BE deve aproveitar para refletir sobre os fracos resultados de ontem, espelho do descrédito que granjeou entre tantos simpatizantes e votantes.
Onde a CDU aparece unida e coesa, indo ao encontro dos seus apoiantes, o BE vive uma crise de confiança a que as deserções recentes não são seguramente alheias. Daniel Oliveira e Rui Tavares fazem falta! A linha política que representam também. Confesso que hesitei entre manter o meu voto dos ultimos 20 anos, no BE, ou votar CDU pela 1a vez. Não que eles me representem, porque não o fazem, mas pela coerência, pela obra feita no poder local, pela união que emanam. Votei no Bloco, mais uma vez. Mas sem a confiança de outrora.
Chegou a hora do BE se questionar seriamente sobre algumas questões fundamentais. Á liderança bicéfala falta eficácia na comunicação. E capacidade de liderança.
Visto que está que o PS não vai rasgar o memorando, mas pode ou não lutar para o melhorar, o esforço de conseguir uma plataforma mínima de entendimento não deve ser abandonado. Mesmo com cedências, mesmo com compromissos, gostava de saber que, se o PS ganhar as próximas eleições legislativas, conta com o BE para o puxar para a esquerda o mais possível. Compreendo que não seja fácil, pode até não ser viável, mas tal esforço esgotar-se numa reunião parece irrisório, denota falta de empenho de atingir um verdadeiro compromisso, conhecidas que são as
posições do PS.
Gostava de não perceber mais tensões internas do género: quem não está connosco está contra nós. Que excluem homens válidos, opinion makers que podem influenciar tantos outros. Que cheiram a estalinismo. É esse fedor intrinseco a estalinismo que me afasta, e afastou sempre, do PCP. Sinto que a história se repete... O pior da história!
Saudações democráticas!
Fátima Morais
Ora viva: Sobre os
Ora viva:
Sobre os resultados em Salvaterra de Magos o BE teve um dos piores resultados possiveis caiu para metade dos resultados registados ha 4 anos. O PS venceu com 32,8% contra os quase 27% do BE, separados apenas por 500 votos. Saliente-se que o PS obteve menos votos do que em 2009 (o mesmo aconteceu com os restantes partidos- o BE teve menos 2 330). Neste concelho a abstençao cresceu quase 10%, sendo de 54,4%. Mais do que uma vitoria do PS, foi a derrocada do BE...
Possivelmente, nao foram escolhidos os melhores cabeças de lista, Manuel Neves e um bom homem, mas nao tem o traquejo politico que outros autarcas locais tem e que poderiam ter sido escolhidos. As equipas do BE para a camara e juntas tinham as caras de sempre, nao foram renovadas. O proprio lema "Uma equipa com provas dadas" tambem nao apresentou prespetivas para o futuro.
Por fim, convem destacar que pela primeira vez surge o Movimento de Cidadaos Independentes que obteve 10%, com mais de 900 votos- estes sao os unicos a ganhar votos-.
Gostaria de observar um pouco
Gostaria de observar um pouco mais de analise sobre os resultados do BE.
Este é um momento onde a confiança num grupo como o nosso deveria aumentar e não diminuir. Quais são as nossas fraquezas? São de conteúdo? Ou estão assentes na forma como comunicamos?
Alegro-me de ver uma clara opção mais social no eleitorado. Felicito o PCP e PEV; quanto ao PS já tenho mais dificuldades em fazer-lo, pois não creio que o resultado de um governo seu fosse tão distinto ao atual. Mas pergunto porque não somos opção?
1| o bloco de esquerda é
1| o bloco de esquerda é absolutamente dizimado nesta eleições e as primeiras declarações são para dizer que a direita foi a grande derrotada... o costume.
2| quem perdeu as eleições foi a política de austeridade e do memorando da troika? A sério que ninguém o avisou que isto foram eleições AUTARQUICAS?
3| ainda que tivessem sido legislativas, quando é que estas pessoas se convencem que quando o ps for para o poder também vai cumprir o memorando.
"quando o ps for para o poder
"quando o ps for para o poder também vai cumprir o memorando"
só espero que de uma forma bem mais inteligente ou então os
portugueses estão fu*****
português subst. todo aquele que trabalha, trabalhou ou desejaria trabalhar para seitas e seus compadres
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