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Semedo propõe taxa sobre prédios devolutos em Lisboa

O candidato do Bloco à Câmara de Lisboa salienta que “os principais senhorios” na capital são atualmente os fundos imobiliários que “controlam o preço de mercado, seja de arrendamento, seja de compra, de habitação” e defende uma “taxa que penalize os proprietários que mantêm os prédios devolutos”.

João Semedo declarou à agência Lusa. "É necessário que a Câmara crie uma taxa que penalize os proprietários que mantêm os prédios devolutos e não os põem no mercado, seja de arrendamento seja de compra".

O coordenador do Bloco fez estas declarações durante uma ação de campanha da candidatura: a pintura de um prédio devoluto (veja fotogaleria).

Semedo acrescenta: "Os principais senhorios em Lisboa já não são o tradicional senhorio, são a banca e as seguradoras e os fundos imobiliários que elas detêm. Os fundos imobiliários têm hoje um número muito elevado de edifícios e de habitações e, por essa via, controlam o preço de mercado, seja de arrendamento, seja de compra, de habitação".

O coordenador do Bloco lembra que os fundos imobiliários não pagam Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), salienta que, por isso, a aplicação da taxa por edifícios devolutos faz ainda mais sentido, e que essa taxa poderia gerar "mais de mil milhões de euros em receitas" a nível nacional.

O candidato do Bloco critica o executivo municipal de António Costa por não ter mudado esta situação, em que os fundos imobiliários "deixam os prédios vazios para poderem especular", e frisa que a aplicação da taxa em Lisboa ajudava a dinamizar o mercado de arrendamento, contribuindo também para promover a reabilitação urbana, em vez da nova construção.

João Semedo realça, por fim, que a Câmara de Lisboa devia "investir ela própria e em parceria com os senhorios na reabilitação", frisando que "sem a intervenção da Câmara no mercado os preços não baixam".

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