You are here

Crato vai responder em tribunal por mau uso de dinheiros públicos

A distribuição de turmas a um grupo privado de escolas nas Caldas da Rainha em detrimento da escola pública faz o Sindicato de Professores da Grande Lisboa avançar com uma queixa judicial contra o Ministério da Educação.
Nuno Crato continua a retirar meios à escola pública para entregar o dinheiro dos contribuintes aos grupos privados. Foto Miguel A. Lopes/Lusa

No último ano letivo, as escolas públicas das Caldas da Rainha viram ser-lhes atribuídas apenas 150 turmas, apesar de terem capacidade para 162. Ao mesmo tempo, o Ministério da Educação preferiu subsidiar as turmas de dois colégios do grupo GPS, o que custou aos contribuintes mais de um milhão de euros que foram parar ao bolso dos privados, denuncia o SPGL.

"É dinheiro público deitado à rua, temos professores e escolas públicas que poderiam ter essas turmas e não as têm. Isto está claramente à margem da lei", declarou António Avelãs à TVI. Para este ano, o Ministério prevê manter esta renda ao grupo GPS, que está a ser investigado por suspeitas de corrupção e enriquecimento ilícito, informa a estação televisiva. Segundo noticiou a TVI no final do ano passado, Manuel António Madama, diretor da Escola de São Mamede do grupo GPS tinha em seu nome 80 automóveis, enquanto o seu filho António Madama, também destacado elemento do grupo, era proprietário de pelo menos 17 automóveis.

Para o presidente do SPGL, trata-se de  "uma má gestão dos dinheiros públicos  e uma atitude de compadrio e proteção de interesses ilegítimos". António Avelãs diz que a queixa será entregue assim que for oficialmente anunciado o número de turmas a atribuir novamente a estes colégios do grupo GPS. Só em 2012, este grupo arrecadou 25 milhões de euros dos contribuintes, muito à custa da redução da oferta pública de ensino.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
Comentários (5)