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Itália "derrotou solução de Bruxelas, mas ganharam os populismos"

A incerteza sobre o futuro político de Itália, suscitou o nervosismo do costume nos mercados financeiros, com fortes quedas nas principais bolsas europeias. Em menos de 24 horas, os principais índices bolsistas perderam 60 mil milhões de euros e o tesouro italiano foi obrigado a pagar quase o dobro em juros, comparado com o que tinha pago na última emissão de dívida
O Tesouro italiano teve que pagar quase o dobro em juros, na emissão de curto prazo que teve lugar esta terça-feira, do que o valor registado na anterior venda de bilhetes do Tesouro. Os principais jornais internacionais recomeçaram a falar no regresso da crise do euro e da dívida.
Quem parece indiferente ao desenlace político do último ato eleitoral, e ao crescimento do populismo político em Itália, é a Comissão Europeia. Recusando-se a retirar qualquer ilação sobre a derrota estrondosa do candidato “oficial” de Berlim - o ex-primeiro-ministro Mario Monti, nomeado de acordo com as preferências politicas de Merkel -, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn, diz que a austeridade em Itália é para continuar.
“É preciso parar a chantagem dos mercados”
“Depois de um ano e meio de um governo que não foi eleito, o que se vê em Itália é que subiu o populismo e o candidato tecnocrata, imposto por Bruxelas, teve uma derrota estrondosa. A população não só derrotou a solução de Bruxelas, como a democracia perdeu porque ganharam os populismos", declarou Catarina Martins, a propósito do cenário político saída das eleições que tiveram lugar este domingo e segunda-feira em Itália.
A deputada do Bloco considera que, antes de mais, o resultado em Itália mostra a necessidade absoluta da Europa mudar de rumo e infletir a política de austeridade que tem destruído a economia e deixado os países nas mãos dos mercados financeiros. "As reações dos mercados às eleições em Itália são também preocupantes porque mostram que não suportam a democracia e querem chantageá-la. Mostram a necessidade absoluta de impor limites aos mercados, antes que os mercados acabem por destruir a Europa e a democracia", afirmou Catarina Martins
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25% de eleitores, de
25% de eleitores, de esquerda, votam no movimento de Beppe Grillo, que prometeu um referendo para saída do Euro. Isso faz sentido em Itália e ainda mais em Portugal.
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