A votação das alterações de última hora propostas pela maioria de direita em relação aos cortes nos subsídios de férias e de Natal revelou um volte-face do PS. No último momento, o grupo parlamentar socialista votou contra numa e absteve-se noutra. O Bloco votou contra “o assalto” aos subsídios.
O deputado do Bloco José Soeiro afirmou que o dia 24 é “o primeiro dia de uma luta muito importante por alternativas” e uma resposta contra a austeridade, que tem sido aplicada pela “máquina do PEC” – tal como demonstra a encenação de rua do Bloco.
A manifestação da Frente Comum reuniu este sábado, em Lisboa, muitos milhares de pessoas que mostraram um cartão vermelho ao Governo. No final do protesto, Carvalho da Silva apelou à Greve Geral - “necessária acima de tudo para criar perspectivas aos mais jovens”.
Os funcionários públicos voltam este sábado a manifestar-se nas ruas de Lisboa, num protesto da Frente Comum, contra as “violentas medidas” aprovadas pelo Governo que “vêm agravar a estabilidade de emprego” e a qualidade dos serviços prestados.
“FMI tem dado sinais absolutamente contraditórios, desde insinuar a possibilidade da bancarrota da economia e do Estado, até sugerir que é preciso alterar as leis do trabalho”, afirmou Louçã, esta sexta-feira, num comício no Porto.
O deputado do Bloco Jorge Costa defendeu que o actual aumento dos juros da dívida pública portuguesa é uma “consequência directa” das “medidas recessivas” contidas no Orçamento do Estado, documento que nunca poderá satisfazer os mercados “insaciáveis”.
Governo quer aumentar para 39 milhões de euros a verba disponível para gastar em recibos verdes na Administração Central. O aumento do investimento na precariedade no Estado é de 205 pontos percentuais.
Ministro das Finanças ameaça mas mantém tabu. Teixeira dos Santos afirma serem necessárias medidas adicionais de contenção na ordem dos 500 milhões de euros mas não elucida quais. Bloco exige saber.
O adiamento por parte do PSD da decisão sobre o sentido de voto no Orçamento não é mais do que “um episódio de uma longa novela em que PS e PSD têm vindo a arrastar o país sem apresentar soluções”, considerou a deputada do Bloco Rita Calvário.
O Porto, segunda cidade do país e a que tem mais escolas de teatro, depois de perder o seu único Teatro Municipal, o Rivoli, está agora na situação inimaginável de perder também o TNSJ, uma extinção prevista na proposta de OE'2011.
Segundo a análise do OE'2011 do Conselho Económico e Social, o Governo devia estudar “desde já” medidas para responder à quebra da produção e ao aumento do desemprego.
Em Braga, esta segunda-feira, Francisco Louçã disse que o provável acordo entre o PS e o PSD vai, apenas, “trazer recessão à economia e mais impostos para os trabalhadores, as classes médias e as PME”.
O padre Lino Maia, presidente da CNIS, declara que o sector solidário está ameaçado pelo fim da restituição do IVA, previsto no OE 2011, e diz que a igreja católica fica “desconfortável” pela retirada de benefícios fiscais às minorias religiosas.
O corte de 15% nos custos das empresas públicas, exigido no OE 2011 proposto pelo Governo, irá levar a perdas de 20% nos rendimentos dos trabalhadores do sector e a cortes drásticos nos serviços públicos.
Vários deputados do Bloco estiveram esta quinta-feira, numa acção “contra o desemprego” nos centros de emprego do distrito de Lisboa, onde há mais de 100 mil desempregados.
Governo quer aumentar para 39 milhões de euros a verba disponível para gastar em recibos verdes na Administração Central. O aumento do investimento na precariedade no Estado é de 205 pontos percentuais.
Na abertura das Jornadas Parlamentares do Bloco, em Viseu, Francisco Louçã criticou “a política da bancarrota” do Governo e os 2 “capítulos secretos” do OE’2011 - o do “buraco” do BPN e o dos três mil milhões de euros a mais para cobrir o défice.
Álvaro Maia Seco, também vereador eleito pelo PS na Câmara de Coimbra, demite-se na sequência da extinção da Metro Mondego, e sua integração na Refer, e acusa o Governo de “irresponsabilidade e incompetência”.
Com uma nova tabela de retenções na fonte, os trabalhadores por conta de outrem verão os salários líquidos baixar já em Janeiro de 2011. Os trabalhadores a recibos verdes vão também descontar mais. Bloco rejeita este caminho e vai debater propostas alternativas nas jornadas parlamentares.
Em conferência de imprensa do Bloco de Esquerda, o deputado José Gusmão afirmou ainda que o OE 2011 proposto pelo Governo atirará “milhares de trabalhadores para o desemprego” e salientou que “as famílias, no que apenas diz respeito a impostos, pagarão 15 a 20 vezes mais do que a banca.
O projecto de OE para 2011 só foi entregue pelo ministro das finanças na AR 4 horas depois da hora prevista. Segundo a comunicação social, no projecto incluem-se gastos num valor superior a 840 milhões de euros para as parcerias público-privadas (PPP).
Após reunião de apresentação da proposta para OE2011, líder parlamentar do Bloco adiantou que “o governo não deu senão indicações de que vai haver uma situação de recessão”.