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Zero critica uso de gás natural em camiões
De acordo com testes na estrada feitos a pedido do governo holandês, os camiões movidos a gás natural liquefeito (GNL) emitem até cinco vezes mais óxido de azoto do que os camiões movidos a gasóleo.
Os resultados foram divulgados pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), que, de acordo com o noticiado pela agência Lusa, diz que os testes confirmam que os governos da União Europeia devem acabar com os incentivos ao GNL.
Em comunicado enviado aos meios de comunicação social, a associação ambientalista Zero faz saber que em Portugal o imposto especial sobre o consumo aplicado ao gás é de 1,86 euros por unidade de energia, enquanto no caso do gasóleo é de 13,54 euros.
A associação defende que “se o imposto sobre o gasóleo fosse aplicado na mesma medida ao gás, Portugal poderia beneficiar de receitas adicionais de impostos na ordem dos 7,98 milhões de euros”.
Segundo a federação europeia, os resultados dos testes são contrários aos argumentos apresentados pelos fabricantes dos camiões movidos a GNL, que dizem que estes veículos reduzem as emissões de NOx em mais de 30%.
Nos testes a três camiões a GNL, em cidade ou em estrada, as emissões variaram entre dois a cinco vezes mais NOx do que num camião a gasóleo.
Ainda em comunicado, a Zero exige que o governo português deixe de promover o GNL e incentive o setor da logística na transição das frotas a GNL para frotas elétricas. E, embora o setor do gás natural afirme que o GNL é menos prejudicial para o ambiente, “a verdade é que continua a tratar-se de um combustível fóssil, como o petróleo e o carvão, por isso contribui para as alterações climáticas”.
Nas cidades a poluição emitida pelos camiões a GNL “pode causar impactos na saúde ainda mais significativos do que os camiões a gasóleo”, afirma a Zero.
A T&E é uma organização ambientalista não governamental que representa 58 entidades de 26 países, entre os quais se encontra a associação ambientalista portuguesa Zero.
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