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Zero alerta para pobreza energética

Face às temperaturas baixas previstas para os próximos dias, a Zero relembra a necessidade de combater a pobreza energética, uma das maiores causas de morte no país. 
Neve em Estremoz, janeiro de 2021. Foto de Nuno Veiga, Lusa [arquivo].
Neve em Estremoz, janeiro de 2021. Foto de Nuno Veiga, Lusa [arquivo].

A associação ambientalista Zero defendeu esta segunda-feira a necessidade de combater a pobreza energética, como forma de reduzir a dependência da utilização de lareiras, fontes de problemas de saúde e forte poluição cuja utilização, tipicamente, aumenta nestes períodos.

“As temperaturas muito baixas previstas para os próximos dias conduzirão muito provavelmente a picos de poluição do ar, particularmente grave pelas enormes emissões provenientes do uso de lenha em muitas habitações em zonas urbanas e rurais”, afirma a associação em comunicado enviado à Lusa.

A concentração elevada de partículas, decorrente da queima da lenha, pode causar ou agravar doenças respiratórias e cardiovasculares.

“A Zero considera que são necessárias medidas que alertem para a perigosidade do uso excessivo de lenha, principalmente de forma ineficiente, e do custo que as soluções alternativas estruturais têm, a começar pela sustentabilidade energética dos edifícios, à promoção de sistemas de climatização ativa eficientes e menos poluentes”, defendem.

A Zero aponta o “parque edificado obsoleto” e, consequentemente, um dos níveis de pobreza energética mais altos da Europa (ficando apenas atrás da Eslováquia, Hungria e Bulgária) como causa dos problemas.

“Em Portugal, o frio presente nas habitações estará na origem de quase 25% das mortes no Inverno, sendo os idosos os mais afetados. Nos próximos dias, é fundamental um acompanhamento, principalmente pelas autarquias e serviços mais próximos, das famílias com maiores dificuldades para assegurarem um conforto minimamente adequado”, alertam.

Segundo as previsões do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), o país sofrerá na próxima semana uma descida forte da temperatura, com especial incidência na região interior norte, com a possibilidade de mínimas negativas, sobretudo nos distritos de Bragança e Guarda.

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