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Youtube bane publicidade em canais anti-vacinas

Canais com vídeos anti-vacinas deixaram de ter anúncios e respetivas receitas publicitárias no Youtube. O site tomou a medida no seguimento de queixas de anunciantes que não queriam os seus produtos associados ao movimento.
Edifício sede do Youtube em San Bruno, Califórnia. Foto de Coolcaesar/Wikimedia Commons.
Edifício sede do Youtube em San Bruno, Califórnia. Foto de Coolcaesar/Wikimedia Commons.

Uma série de canais de Youtube que se dedicavam à divulgação de vídeos anti-vacinas tinham acesso ao sistema de publicidade do site e respetivas receitas publicitárias. O facto foi divulgado na semana passada pelo site Buzzfeed News, após o que o Youtube baniu a publicidade desses canais, citando os termos e condições de utilização que proibem a divulgação de conteúdo considerado "prejudicial e perigoso".

As pesquisas sobre vacinas no site dão como primeiros resultados vídeos de fontes consideradas credíveis, como hospitais. No entanto, segundo apurou o Buzzfeed, o algoritmo de seleção do vídeo seguinte frequentemente escolhia vídeos anti-vacinas, com publicidade associada. As empresas anunciantes, inquiridas sobre o assunto, não tinham consciência de que os algoritmos do Youtube colocavam os seus anúncios ao pé de vídeos anti-vacinas. Várias mostraram desagrado com a situação, algumas retiraram temporariamente os seus anúncios do Youtube.

Na sexta-feira passado, o Youtube reagiu anunciando de que iria retirar do seu sistema de publicidade todos os canais anti-vacinas. Segundo afirmou a empresa, tratou-se de um caso de infração não detetada, pois tal conteúdo foi sempre contrário aos seus termos de utilização. Além desta medida, este tipo de vídeos passará a exibir ao lado links para o artigo da Wikipedia sobre ceticismo anti-vacinas.

A publicidade entre vídeos, uma importante fonte de receitas do Youtube e dos produtores que nele divulgam os seus vídeos, é escolhida por algoritmos difíceis de escrutinar, pois o site ajusta-os constantemente e mantém-nos sob segredo. O site exclui também uma parte dos vídeos do sistema publicitário, criando uma divisão entre os chamados vídeos chamados monetarizados e desmonetarizados, em função de uma série de critérios definidos nos termos de utilização e que também vão sendo alterados. Em março do ano passado, estas questões tornaram-se notícia de forma dramática, quando uma mulher que viu o seu canal desmonetarizado se deslocou a um edifício do Youtube e alvejou várias pessoas suicidando-se de seguida.

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