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Viagem de Puigdemont para Bruxelas foi uma “boa estratégia”, considera a CUP
“A ideia de levar o foco [do conflito] para Bruxelas contribui para uma estratégia de internacionalização da [denúncia da] violação maciça dos direitos humanos que existe na Catalunha. Parece-me interessante”, defendeu, esta terça-feira, o deputado da CUP Benet Salellas à televisão pública catalã TV3.
Salellas criticou o que diz ser as “limitações” do entendimento como algo “mágico”, “imediato” e com uma lógica de “baixo para cima” do processo de independência. O que, na sua opinião, ficou evidente com a “neutralização” dos líderes independentistas com as acusações de rebelião, sedição e desfalque das contas públicas, entre outras, feitas pela justiça espanhola. “Encontramo-nos num momento desconcertante”, desabafa.
Para este dirigente da Candidatura de Unidade Popular, o processo da independência da Catalunha assemelha-se a uma “corrida de fundo” e pode durar anos.
A CUP está “preparada” para avançar com a “abertura de um processo constituinte, com a lei da transição e com outras medidas”, medidas que, sublinha, “o Govern optou por não aplicar”. “Optou por outra estratégia que nós desconhecemos”.
Por outro lado, o deputado catalão chama ainda à atenção que o debate sobre se as forças pró-independência devem ou não participar nas próximas “eleições autonómicas” de 21 de dezembro tem escondido um outro debate sobre o que significa um “poder autoritário externo (…) dissolver um parlamento democraticamente eleito”.
A CUP tomará a decisão sobre a participação nas eleições autonómicas convocadas por Madrid na sua próxima Assembleia Nacional.
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