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Venezuela: Personalidades apelam ao fim da escalada de violência

Destacadas personalidades venezuelanas apelam também a “outro diálogo” e a que tanto o governo de Maduro como a oposição da MUD “assumam o compromisso” de “desativar a escalada de violência”.
“Cessar-fogo”, palavra de ordem escrita em pancartas em manifestação em Caracas, 26 de maio de 2017 – Foto de Cristian Hernandez/Epa/Lusa
“Cessar-fogo”, palavra de ordem escrita em pancartas em manifestação em Caracas, 26 de maio de 2017 – Foto de Cristian Hernandez/Epa/Lusa

Em conferência de imprensa realizada na semana passada (24 de maio), um grupo de mais de três dezenas de personalidades (ver dados em aporrea.org), maioritariamente pertencentes ao chamado chavismo crítico, incluindo ex-ministros de Chávez e destacados académicos, apelou ao fim da escalada da violência na Venezuela, à defesa da Constituição de 1999 e propôs um “outro diálogo”.

Os porta-vozes do grupo na conferência de imprensa foram Oly Millán, ex-ministra da Economia Popular durante a presidência de Hugo Chávez e membro da Plataforma Cidadã em Defesa da Constituição; Edgardo Lander, sociólogo e também membro da Plataforma, e Enrique Ochoa Antich, ex-coordenador do MUD/Social e ex-deputado.

Na conferência de imprensa, o sociólogo Edgardo Lander sublinhou que as personalidades subscritoras do apelo “partilham a imperiosa necessidade de fazer tudo o que for necessário para travar a escalada de violência e defender a Constituição”.

Os porta-vozes do grupo lembram que a escalada de violência já provocou a morte a mais de 50 pessoas, centenas de feridos, centenas de pessoas presas e “manifestantes civis submetidos a tribunais militares”.

Os porta-vozes do grupo na conferência de imprensa foram Oly Millán, ex-ministra da Economia Popular; Edgardo Lander, sociólogo, e Enrique Ochoa Antich, ex-coordenador do MUD/Social
Os porta-vozes do grupo na conferência de imprensa foram Oly Millán, ex-ministra da Economia Popular; Edgardo Lander, sociólogo, e Enrique Ochoa Antich, ex-coordenador do MUD/Social.

O grupo de personalidades propõe, nomeadamente:

- convocar para uma reunião aberta todos os “atores políticos e sociais e setores distintos da polarização” que querem parar a escalada da violência e evitar a “ameaça de uma confrontação fraticida”.

- apelar à realização de “outro diálogo” com a participação de todos os setores e não apenas de setores do campo do governo ou da oposição.

- discutir as vias para que tanto o Governo do PSUV como a oposição da MUD assumam o compromisso de “desativar a escalada de violência” de ambas as partes, com “preservação dos Direitos Humanos” e pondo fim “tanto aos excessos repressivos como às condutas violentas”. Discutir também as “implicações que possa ter, em relação aos princípios constitucionais e à participação do povo como depositário da soberania, assim como para o clima político e para a paz, o apelo à Constituinte, nos termos propostos pelo Presidente da República”.

O grupo de personalidades impulsiona também um “Apelo Internacional”.

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