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Venezuela: Maduro pede ajuda humanitária à ONU

A vice-presidente, Delcy Rodríguez, anunciou que a Venezuela pediu assistência técnica humanitária de medicamentos e alimentos através da ONU. O pedido é feito num momento em que aumenta a pressão dos Estados Unidos e de Guaidó, para que o país autorize a entrada de pretensa ajuda humanitária dos EUA.
O pedido de Maduro é uma mudança de orientação, uma vez que o Governo sempre negou a existência de uma crise humanitária
O pedido de Maduro é uma mudança de orientação, uma vez que o Governo sempre negou a existência de uma crise humanitária

Delcy Rodriguez esclareceu que a “assistência técnica humanitária” também pode ser da União Europeia e que a Venezuela está disposta a pedir cancelamento da ajuda, por meio de mecanismo financeiro.

“A Venezuela tem uma cooperação histórica com as agências internacionais das Nações Unidas, como a FAO, a UNICEF, a OMS e a OPS, nos últimos quatro anos mantivemos esta relação”, justificou a vice-presidente.

Delcy Rodriguez sublinhou também que a “ajuda humanitária” impulsionada pelos EUA, com o apoio dos governos da Colômbia, do Chile e do Brasil “é uma farsa”, argumentando que os bens distribuídos pelos CLAP (Comité Local da Abastecimento e Produção) são superiores ao total da oferta dos Estados Unidos.

O presidente Maduro já anunciara antes que tinha havido uma reunião com o grupo de contacto da União Europeia, em que a vice-presidente aceitara “a oferta de financiamento de 2.000 milhões de dólares de assistência técnica humanitária através do sistema das Nações Unidas”.

Maduro anunciou também que reunira com o setor da saúde da Venezuela, para receber 7,5 toneladas de medicamentos dados pela Rússia, “graças ao apoio da Organização Panamericana da Saúde e do presidente Putin”, envolvendo medicamentos e material cirúrgico.

Aumento da pressão dos EUA

O pedido feito pelo Governo de Maduro é uma mudança de orientação, uma vez que sempre negara a existência de crise humanitária e acontece num momento em que os Estados Unidos e Guaidó, apoiados pelos governos dos países latino-americanos do Grupo de Lima e pela direita europeia, pressionam intensamente para que o Governo venezuelano permita a entrada de “ajuda humanitária” dos EUA, através da fronteira com a Colômbia.

De salientar, que a Cruz Vermelha, assim como a ONU, não participam na pretensa “ajuda” dos EUA, sublinhando que a “ajuda” de um governo não é humanitária.

Em declarações à CNN, o presidente da Cruz Vermelha salientou também que só poderá existir “ajuda humanitária”, se forem respeitados os princípios da independência, da imparcialidade e da neutralidade.

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