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Uso de máscara passa a ser facultativo na rua

DGS recomenda o uso da máscara na rua quando não seja possível manter distanciamento físico. Mantém-se obrigatória nos transportes coletivos e espaços fechados. Médicos lembram a sua eficácia na prevenção da gripe no passado inverno.
Pessoas na rua com máscara
Foto de Pedro Gomes Almeida

318 dias depois, chegou ao fim a vigência do decreto sucessivamente renovado que obrigava ao uso da máscara em espaço exterior. No entanto, a Direção Geral de Saúde emitiu uma orientação a recomendar a continuação do seu uso "quando é previsível a ocorrência de aglomerados populacionais ou sempre que não seja possível manter o distanciamento físico recomendado". E também nos casos mais vulneráveis das pessoas "com doenças crónicas ou estados de imunossupressão com risco acrescido para covid-19 grave”.

Para a DGS, a máscara "é uma medida eficaz na prevenção da transmissão de SARS-CoV-2" e o seu uso "continua a ser uma importante medida de contenção da infeção, sobretudo em ambientes e populações com maior risco”.

Apesar de deixar de ser obrigatório o uso da máscara na rua, ela continuará a fazer parte do quotidiano de toda a gente, uma vez que continua a ser obrigatório o seu uso "nos estabelecimentos de educação, ensino e creches", em "espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços", nos "edifícios públicos ou de uso público", nas "salas de espetáculos, cinemas ou similares", nos "transportes coletivos de passageiros" e "em locais de trabalho, sempre que não seja possível o distanciamento físico". O mesmo acontece "estabelecimentos residenciais para pessoas idosas (ERPI), unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e outras estruturas e respostas residenciais para crianças, jovens e pessoas com deficiência, requerentes e beneficiários de proteção internacional e acolhimento de vítimas de violência doméstica e tráfico de seres humanos”, refere a DGN no comunicado citado pela agência Lusa.

Também as pessoas infetadas ou com suspeitas de infeção pelo coronavírus, bem como as que tenham contactado com um caso positivo terão de usar sempre a máscara quando não estiverem sozinhas no seu local de isolamento.

A alteração das regras do uso da máscara deve-se ao facto de a vacinação completa já ter atingido um número elevado da população e por a DGS considerar que o risco de transmissão em espaço aberto e sem aglomeração de pessoas é baixo. No entanto, este ano mostrou que o uso da máscara também é eficaz para prevenir o contágio de otras doenças, como a gripe, que no inverno passado teve uma incidência muito mais baixa que em anos anteriores. Por isso, a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública continua a sugerir que, “especialmente nesta fase de inverno em que vamos entrar, a máscara continue a ser um equipamento de proteção individual utilizado por todos ou quase todos de maneira a que nos possamos proteger, não só da covid-19, mas também da gripe”.

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