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“Uma Escola Pública de qualidade é uma escola democrática”

Bloco agendou para esta sexta-feira um debate temático no Parlamento sobre Escola Pública e apresenta dois projetos: um sobre o número de funcionários e outro sobre a gestão democrática das escolas. Bloquistas querem ainda garantir o reforço do investimento.
Foto de Paulete Matos.

“Durante quatro anos, o PSD e o CDS optaram pelo facilitismo na Escola Pública”, referiu a deputada Joana Mortágua, sublinhando que “esse facilitismo traduziu-se em cortar muito: nos professores, nos funcionários, nos recursos educativos”.

“Optaram por uma política educativa mais barata, que é uma política educativa mais limitada e mais desigual. Uma escola que abandona os seus alunos”, acrescentou a dirigente bloquista em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Segundo Joana Mortágua, “a qualidade da Escola Pública degradou-se, caminhávamos para uma educação cada vez mais pobre e seletiva, que empurrava para vias de ensino sem saída os alunos que precisavam de  maior apoio”.

“Essa é a visão do PSD e do CDS, completada com a ideia de privatização da educação, através dos cheque ensino, que defenderam, que suportaram através dos contratos de associação, e que inseriram no seu programa de Governo e no guião de Paulo Portas”, sinalizou a deputada.

“Agora que rompemos com esse ciclo, que a Escola Pública pode fazer mais do que somente resistir aos ataques, é tempo de pensar que tipo de investimento queremos fazer, qual é o tipo de escola queremos”, defendeu Joana Mortágua.

“E o que nós queremos é uma Escola Pública de qualidade, que tem qualidade científica, mas também tem qualidade artística, da consciência que se cria. A qualidade da Escola Pública também se mede pela sua qualidade democrática. A participação de professores, funcionários, alunos e comunidade educativa na direção e gestão das escolas é essencial para garantir que a escola é um reflexo da sociedade que queremos: aberta, plural e participada, democrática. Cidadãos conscientes, emancipados, responsáveis pela sua participação cívica não nascem de geração espontânea”, afirmou a dirigente bloquista.

Para Joana Mortágua, “o aumento do número de alunos por turma, a centralização burocrática, a desvalorização dos professores, a precariedade de todos os trabalhadores, os programas seletivos, os rankings têm de fazer parte do passado”.

“O Bloco quer debater a escola de futuro e a necessidade de investimento público na educação”, avançou, anunciando que os bloquistas vão apresentar dois projetos; um que visa a alteração do rácio dos assistentes operacionais e técnicos, para que existam mais funcionários nas escolas, e outro sobre a gestão democrática das escolas, que cumpra os princípios da colegialidade, transparência, pluralidade e eleição dos órgãos de direção”.

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