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Um milhão nas ruas de Barcelona pelo direito a decidir

A gigantesca manifestação da Diada, o Dia da Catalunha, serviu como um teste da mobilização pelo referendo à independência, marcado para 1 de outubro.

A manifestação desta segunda-feira teve por objetivo encher por completo duas das principais artérias de Barcelona, formando um sinal (+), com lonas gigantes onde se lia “paz e liberdade”, “referendo é democracia” e "Sim" a percorrerem o trajeto. Para essa tarefa inscreveram-se centenas de milhares de voluntários e o cortejo desta "Diada pelo Sim" acabou por ter uma participação em torno de um milhão de pessoas, segundo números avançados pela polícia municipal.

A manifestação começou com um minuto de silêncio pelas vítimas dos atentados de Barcelona e Cambrils, e prosseguiu com palavras de ordem a favor da independência e da vontade de votar no referendo.

“A revolução democrática mais importante da Europa do século XXI era, é e será a revolução das urnas”, afirmou no comício final o presidente do Òmnium Cultural, Jordi Cuixart.

Na intervenção final, o presidente da Assembleia Nacional Catalã, Jordi Sànchez, defendeu que no referendo de 1 de outubro "há duas escolhas: fazer do nosso sonho realidade ou ficar escravo do medo”.

“Que mais temos de fazer para que se perceba que o povo da Catalunha quer votar?”, questionou o presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, também presente na manifestação da Diada. O líder da Generalitat afirmou-se disposto “a negociar até ao último minuto as condições do referendo”. “Se o governo quer sentar-se a negociar e falar, podemos falar sobre tudo, mas temo que não será possível. É difícil que mude o pensamento único para quem o que hoje aconteceu não existiu e é obra de gente fanatizada”, acrescentou Puigdemont.   

Para além da manifestação convocada anualmente pela Assembleia Nacional Catalã e pelo Òmnium Cultural, Barcelona assistiu também esta segunda-feira a outra manifestação, organizada pela esquerda independentista, que juntou cerca de dez mil pessoas.

 

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