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Um milhão de migrantes e refugiados chegou à Europa em 2015

Os números foram divulgados esta quarta-feira pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
No total, 1.000.573 migrantes e refugiadas chegaram à Europa por mar, e 3.735 morreram tentando cumprir a perigosa travessia, indicou a agência da ONU com sede em Genebra.
"Uma pessoa em cada duas - meio milhão de pessoas - são sírios fugindo da guerra no seu país", segundo o ACNUR e a OIM. A maioria destas pessoas (84 por cento) é proveniente de dez países. A maioria, 49 por cento, são então sírios, seguindo-se os afegãos (21 por cento) e os que chegam do Iraque (8 por cento). Os outros países de origem são a Eritreia, o Paquistão, a Nigéria, a Somália, o Sudão, a Gâmbia e o Mali.
Os locais de chegada foram sobretudo dois: 844.176 pessoas desembarcaram na Grécia e 152.700 na Itália. À Bulgária chegaram 30 mil, à Espanha mais de 3.800, ao Chipre 269 e à Malta 106, segundo a OIM.
Segundo o ACNUR, um quarto (25 por cento) dos migrantes e refugiados que chegaram a bom porto, embora com o destino nas mãos dos líderes europeus que ainda negoceiam a solução para todas estas pessoas, são crianças. Dos restantes, 58 por cento são homens e 17 por cento são mulheres.
Quando os sentimentos anti-estrangeiros aumentam em certos locais, é importante reconhecer as contribuições positivas dos refugiados e migrantes para as sociedades em que vivem.
"O total representa o fluxo migratório mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial" na Europa, explicou a OIM numa outra nota enviada aos meios de comunicação social. Em 2014, mais de 219.000 migrantes tinham atravessado o Mediterrâneo.
"Quando os sentimentos anti-estrangeiros aumentam em certos locais, é importante reconhecer as contribuições positivas dos refugiados e migrantes para as sociedades em que vivem", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, citado no comunicado. Guterres apelou ainda para a defesa dos "valores europeus fundamentais", como a promoção dos Direitos Humanos, da tolerância e da diversidade.
"Sabemos que as migrações são inevitáveis, necessárias e desejáveis", assinalou, por seu turno, o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing.
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